Quando fui conhecer Barroca, mas vi Ramonzinho brilhar
Opinião de Danilo Augusto
27 mil visualizações 42 comentários Comunicar erro
Era uma quarta-feira comum, em 6 de junho de 2018. Eu tinha comprado uma câmera nova e queria testar. Fazia um curso de fotografia no Senac naquele momento.
Na manhã daquele dia, descobri que teria um jogo do Sub-20 do Corinthians, às três da tarde, no Parque São Jorge. Era a estreia de Eduardo Barroca no Corinthians. Decidi ir para tirar algumas fotos.
Sentei na arquibancada da Fazendinha e tirei algumas dos poucos torcedores que estavam lá. Depois do primeiro gol do Corinthians, parei para assistir e vi o menino brilhar. Então com 18 ou 19 anos, Ramon Cunha de Mello, o Ramonzinho, tomou conta do jogo. Foi 5 a 1 pra nós, sendo que ele fez quatro gols.
Acabando a partida, mandei mensagem para o assessor de imprensa do Corinthians, pedindo para falar com o nome do jogo. Poderia pedir para falar com o novo treinador, mas poxa... o garoto fez quatro gols. Nada mais justo do que conversar com ele.
O assessor deixou e fui lá para a beira do gramado.
Eu não sou jornalista, fiz isso poucas vezes isso na vida. Ele também não estava habituado a falar com imprensa. Então a "entrevista" foi curta. Vou reproduzir aqui embaixo:
E ai cara? Quatro gols!! Primeira vez?
"Primeira vez. É gratificante, é? Depois da derrota do sábado passado, a gente poder dar a voltar por cima. É muito bom para retomar confiança e jogar o grupo para cima de novo"
Mudou alguma coisa com o Barroca?
"Só mais posse de bola que ele pede, mas praticamente a mesma coisa. Ele só deu sequência no trabalho. Eu mesmo não mudei nada no jeito de jogar, só comecei um pouco para dentro. Depois o professor me colocou mais na ponta ali"
Parabéns mesmo! Posso tirar uma foto sua?
"Valeu! Pode sim."
A foto que tirei foi essa que ilustra a coluna. Ramonzinho com um sorriso no rosto, jovem talentoso, com um futuro promissor pela frente. Hoje me deparei com a notícia do falecimento do garoto. É difícil de acreditar. Tão jovem.
Deixo aqui minhas condolências à família e um até mais a Ramon Cunha de Mello.
Valeu, Ramonzinho.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
Avalie esta coluna
Veja mais posts do Danilo Augusto