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Negócios da China no Timão
Roberto Piccelli

Roberto Piccelli é advogado atuante em direito público e escreve sobre temas jurídicos e institucionais relacionados ao Corinthians.

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Negócios da China no Timão

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Opinião de Roberto Piccelli

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Negócios da China no Timão

Black Friday no Corinthians

Foto: Divulgação

Já questionei, no passado, a política da diretoria do Corinthians de sempre se curvar à vontade do jogador quando chegam ofertas de fora. Num mundo ideal, jogadores transitariam livremente pelos clubes que oferecessem as melhores condições de trabalho. No mundo real, os clubes cobram fortunas para liberar seus jogadores, e só o Corinthians tem facilitado sempre que surge alguma proposta.

Os valores oferecidos pelos nossos atletas - campeões brasileiros com uma campanha memorável - são menores do que o proposto por jogadores medianos de outros clubes. Rodrigo Caio é um exemplo emblemático. Sim, é um jogador jovem, mas o valor da sua quase-transferência é estratosférico se comparado ao que tem sido ofertado pelos nossos destaques.

Final de contrato não é desculpa. Em muitos casos, aliás, é atestado de inércia. Vejamos o caso do Renato Augusto. Segundo algumas análises, seria conveniente vendê-lo, ainda que a um preço relativamente baixo, porque seu contrato estaria perto de expirar. O mesmo já se disse, aliás, sobre o Jadson. A questão é: por que a diretoria não renovou antes os contratos com os maiores responsáveis pela histórica campanha de 2015? Ouvimos algumas especulações sobre conversas com o RA, mas eu não me lembro de ter sido noticiada tratativa nenhuma com o Jadson. Agora, se estão em fim de contrato, faltou agir a tempo. Estava na cara que o assédio seria violento.

Por enquanto, aos dois ainda podem se somar Elias, Ralf e Cássio. A impressão que se tem, até aqui, é que a diretoria assiste a esse desmanche passivamente, de forma quase bovina, talvez impressionada pelo produto da conversão dos euros prometidos para reais - como se o mercado do futebol não fosse todo baseado na moeda europeia, e isso não se fosse fazer sentir na reposição das peças.

Também já disse, em uma coluna anterior, que seria natural a saída de alguns jogadores nessa janela, exatamente por conta do câmbio. Esperava, porém, um equilíbrio entre as posições do time e uma compensação financeira adequada. Embora só mesmo a saída de Jadson seja oficial, não é o que o noticiário tem sugerido. É a hora de ter um pouco de pulso.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Roberto Piccelli

Roberto Piccelli é advogado atuante em direito público e escreve sobre temas jurídicos e institucionais relacionados ao Corinthians.

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