Bom dia,

A máxima casamenteira 'se o presente não veio com o amigo, nunca mais chega', parece se aplicar ao futebol também.

A frase se refere ao fato de que quando um convidado diz que vai trazer o presente de casamento depois, raramente tal presente vem, de fato.

Se te prometeram um liquidificador que não veio da festa, portanto, prepare o teu bolso pra bater uma vitamina no seu próprio liquidificador, comprado do seu bolso.

Ou seja, aquilo que não vem de cara ou não dá certo de imediato parece que não dá certo nunca - seria outra extensão pra ideia da frase.

Nem sempre esse é o caso no futebol. Alguns jogadores demoram a engrenar, a pegar, por assim dizer, num clube. Leva tempo mas acham a meada - confiança renovada, treinador novo, que o vê de forma diferente.

Mas no caso do jogador Coronado parece, talvez apenas pareça, que há um agravante: ele não tem formação real, de fato, no futebol nacional.
Não jogou por e nem contra grandes na fase tenra da sua carreira e fez a vasta maioria dela no mundo árabe.

Mundo árabe que, conforme jogadores brasileiros que pra lá foram - Romarinho, um deles - só foi melhorar mesmo nos últimos anos. Alguns chegaram a comparar o futebol praticado lá a um nível quase de várzea, da parte dos jogadores nativos.

Então, parece que ou teremos que ter muita paciência e Coroando, perseverança - afinal, ao menor sinal de insatisfação, tem oferta chovendo no mundo árabe - ou talvez seja a hora de ambos os lados pedirem desculpas e encerrarem essa péssima avaliação mútua o quanto antes.

Afinal, não há muita paciência que seja tão durável que resista a milhões e milhões por mês sem retorno real.

São meio dia e ônibus em São Paulo.