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Mãe de William Morais diz que não recebeu o seguro de vida

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Por Meu Timão

Por uma iniciativa da diretoria, o Corinthians seguirá pagando os salários do meia William Morais, assassinado em fevereiro deste ano, à mãe até 31 de julho de 2013, data que se encerraria o vínculo com o clube.

Segundo a família, o presidente Andrés Sanchez e o gerente de futebol Edu Gaspar cumprem religiosamente a promessa.

Porém, passados nove meses do falecimento, a mãe Maria Clerismar de Oliveira afirma que ainda não recebeu o valor do seguro de vida de William.

? Do seguro ainda não chegou nada. Estão resolvendo entre eles e o América-MG. Disseram que eu não me envolveria, então ainda está em andamento ? disse.

Procurado pelo LANCENET!, Edu disse desconhecer essa pendência e solicitou que a reportagem procurasse o departamento jurídico.

A posição do clube, porém, é contrária à da família. O Corinthians diz que o departamento de Recursos Humanos encaminhou as porcentagens pertencentes à mãe, ao tio Carlos e uma outra ao pai, Francisco Antônio de Morais, como previa o documento assinado pelo atleta. Diz também que a mãe recebeu o valor da rescisão contratual e que, por uma ?liberalidade? do clube, vem recebendo os salários.

ASSASSINOS ESTÃO PRESOS

No último dia 20 de julho, uma sentença proferida pela juíza Neide da Silva Martins, da 9 Vara Criminal de Belo Horizonte, julgou procedente a ação penal movida pelo Ministério Público, condenando Darisson Carlos Ferraz da Silva, de 18 anos, Hebert Silva Lopes da Silva, 18, e Daivisson Carlos Bazílio Moreira, de 23 anos, pelo latrocínio (roubo seguido de morte) que vitimou o jogador de futebol William Morais.

De acordo com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Darisson e Hebert foram condenados a 20 anos e seis meses cada, enquanto que Daivisson foi condenado a 21 anos e seis meses. As penas foram diferentes porque Darisson e Hebert tinham menos de 21 anos na data do crime. Já o réu Daivisson, foi imposta agravante da reincidência criminal ? ele tinha passagens na Justiça.

O trâmite da ação penal, de acordo com a imprensa mineira, foi bastante rápido. Nos dias 15 e 29 de abril, ocorreram as duas audiências para depoimento das testemunhas de acusação e defesa, além do interrogatório dos réus. Meses depois, o trio seria condenado pela juíza Neide da Silva Martins. Os três réus cumprem a sentença.

Bate-Bola com Maria Clerismar de Oliveira, a Cris
Mãe de William Morais, ao LANCENET!

LANCENET!: Qual foi a trajetória de William?
CRIS: Começou criança. Com sete anos já corria pelo mundo com a bola. Jogou em vários lugares... Ficou oito meses no Grêmio (RS) e depois foi para o Corinthians levado por um amigo nosso. Até chegar naquele bendito lugar (América-MG).

LANCENET!: E a chegada ao profissional?
CRIS: Ele ficou muito empolgado e feliz. Ele dizia: ?Vou chegar longe, vou brilhar.? Era uma alegria.

LANCENET!: Como ele era fora de campo?
CRIS: Era uma pessoa muito alegre, não tinha tristeza, gostava de bagunça, zoava todo mundo. Não deixava ninguém triste. E curtia a bola dele. Era o que mais amava.

LANCENET!: Quais eram os sonhos dele profissionalmente? O que ele dizia?
CRIS: Chegar longe. Tinha certeza de que ia para a Seleção, que com essa ida para Minas não ficaria nem um ano que mandariam buscá-lo de volta. Em princípio, não queria ir para lá, mas foi se acostumando. Ele queria ser convocado por Mano Menezes, técnico que ele gostava muito.

LANCENET!: Como foi o dia da morte dele?
CRIS: Estávamos toda a família em casa, em uma reunião. Nesse dia todos falaram com ele. Ele disse da festa com muita gente, estava contente. Parecia que estava adivinhando, pois falou com todos os seus amigos daqui naquele dia. Falou comigo à tarde, eu tinha acabado de entrar no trabalho, mas saí para atendê-lo. Acho que foi intuição de mãe. Nos falamos, ele estava alegre e disse que me ligaria à noite. Mas essa noite não chegou.

LANCENET!: O que acha que aconteceu?
CRIS: Para ser realista, não acho que foi um assalto. Acho que foi uma emboscada, uma armadilha que fizeram com ele. Ninguém põe na minha cabeça que foi só um assalto.

LANCENET!: No dia da morte dele, você foi a Belo Horizonte e chegou a ficar frente a frente com os três assassinos. Como foi esse momento para você?
CRIS: Foi horrível, revoltante. Perguntei se não tinham mãe. Disse que era filho único e que não tinham acabado só com a vida dele, mas com a minha também. Perguntei se não tinham mãe e eles não responderam, só abaixaram a cabeça. Meu irmão e o pai dele estavam revoltados, queriam ir para cima deles. Estavam dentro da viatura e então fecharam. Não aguentava olhar para eles, pois sabia que tinham matado meu filho. Espero uma bela Justiça. Para que amanhã ou depois não estejam por aí fazendo isso com outras famílias.

Fonte: Lancenet

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