Ex-Barcelona, gestor do Manchester City vê Corinthians no nível dos grandes europeus e critica o Palmeiras
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Considerado um dos maiores expoentes da gestão esportiva, o espanhol Ferran Soriano vê o Brasil com um futuro mais do que promissor não só nos gramados, mas também na administração dos clubes. Em entrevista ao UOL Esporte, o CEO do Manchester City avaliou a recente profissionalização de entidades como o Corinthians e afirmou que elas já podem ser comparadas às grandes da Europa. O dirigente também foi questionado sobre o interesse do City na contratação de Neymar, mas não comentou sobre o assunto.
“O Brasil é e será cada vez mais um paraíso para o negócio do futebol. Sempre foi por causa do talento existente, agora também pelos clubes que crescem e se profissionalizam”, comentou o chefe-executivo do Manchester City.
“Receitas de 100 milhões de euros colocam os clubes brasileiros na mesma altura de muitos médios/grandes da Espanha ou da Itália, por exemplo, e devem permitir contratar e conservar bons jogadores, que não terão mais a necessidade de ir jogar na Europa. Há cinco anos parecia impossível. Hoje é uma realidade”, completou, lembrando que o Corinthians teve um faturamento de mais de R$ 250 milhões na temporada passada.
Ferran Soriano ganhou notoriedade por seu trabalho como vice-presidente do Barcelona entre 2003 e 2008 e acabou apontado como um dos grandes responsáveis pelo “renascimento” do clube catalão na década passada. O dirigente revelou as estratégias adotadas nos bastidores do Camp Nou com a publicação do livro “A bola não entra por acaso”, que se tornou uma espécie de bíblia da gestão esportiva no futebol.
Em 2007, ele foi procurado pela então nova diretoria do Corinthians para atuar como consultor e se tornou um dos mentores intelectuais na retomada do clube alvinegro após o rebaixamento para a segunda divisão nacional.
“O Corinthians foi sempre um grande clube de futebol, com uma das maiores torcidas do mundo, mas foi nos últimos anos que eles decidiram profissionalizar o clube do mesmo jeito que foi feito em outros grandes na Europa. O segredo é só esse: gerenciar o clube do mesmo jeito, com as mesmas ferramentas e o mesmo rigor usado nas grandes empresas do mundo”, avaliou Soriano antes de alertar sobre a habilidade da gestão alvinegra em controlar as disputas internas. “Nos grandes clubes, além de gerenciar bem o negócio, tem que cuidar do entorno político”.
Fonte: Uol