São Paulo – Durante audiência sobre os impactos da Copa do Mundo 2014, realizada ontem (10) na Câmara Municipal de São Paulo, a assessora de ações da Copa da prefeitura, Elizabeth Tortolano, informou que o evento ajudará a levar investimentos para regiões carentes da capital, principalmente para Itaquera, na zona leste.

De acordo com ela, Itaquera se transformará em polo institucional, concentrando empreendimentos próximos às estações de metrô e trens metropolitanos e ampliando a oferta local de cultura, educação, lazer e cidadania.

“A prefeitura está incentivando, através de renúncia fiscal futura, a construção do estádio, porque o estádio vai ser vetor de desenvolvimento na zona leste. Junto com o estádio já há alguns setores definidos para a construção de um fórum judicial, a Etec, a Fatec, que são obras do governo estadual e estão praticamente prontas. Haverá escolas do Senac, Sesi, será ponto como polo institucional. Há um projeto de urbanização naquele entorno”, disse.

Para Helder Vieira, representante do Ministério do Esporte no estado de São Paulo, a Copa do Mundo pode acelerar projetos de infraestrutura no país. "Estas obras já estavam previstas no plano plurianual do governo federal, em planos da prefeitura e do governo do estado. Antecipamos metas, e muitas delas não têm relação direta com a Copa do Mundo.”

A prefeitura e o governo do estado firmaram um convênio no ano passado para melhorar a acessibilidade a Itaquera por um complexo viário. Carlos Satoro, gerente da Dersa, explica que 34% das áreas viárias do entorno da Arena Corinthians já estão concluídas. Segundo o representante do governo estadual, as obras serão entregues até abril do ano que vem e têm o intuito de desafogar o trânsito na região.

Segundo Elisabeth, para realizar as obras será necessário fazer 40 desapropriações e oito realocações de famílias. “Os moradores estão participando, duas audiências publicas já foram feitas, existe o Comitê Popular da Copa, que se reúne com a prefeitura. Esperamos e nos esforçamos para fazer uma Copa para todos.”

Ouça aqui a reportagem de Anelize Moreira.

Fonte: Rede Brasil Atual