A construção do estádio corintiano estourou em R$ 40 milhões a previsão do clube. A revelação foi feita pelo ex-presidente Andrés Sanchez. Na noite de quinta-feira (10), durante reunião do Conselho Deliberativo, ele informou que a Arena Corinthians terá um custo final de R$ 860 milhões.

Importante: esse valor não inclui os mais de R$ 80 milhões em juros que o Timão terá de pagar pelos empréstimos bancários obtidos para erguer a arena. Também não leva em conta os R$ 38,1 milhões das arquibancadas temporárias, que aumentarão em 20 mil a capacidade do estádio durante a Copa do Mundo — o investimento será feito pela Ambev.

Durante o encontro do Conselho Deliberativo, foi aprovada por unanimidade a criação de um fundo para administrar o estádio, que será constituído por duas pessoas indicadas pelo Corinthians, uma pela Odebrecht e outra pela Caixa Econômica.

Com o fundo, o clube espera, enfim, ter aprovado o financiamento de R$ 400 milhões da Caixa. Era esse o argumento do banco para segurar o dinheiro. “Caso o financiamento não apareça em 30 dias, vamos para um plano B”, prometeu Andrés.

Conta amarrada
Na quinta, Andrés Sanchez convenceu os conselheiros corintianos de que é viável pagar a Arena Corinthians. Segundo ele, o “naming right” renderá ao menos R$ 350 milhões e o aluguel de camarotes e cadeiras, até R$ 170 milhões.

Culpa da imprensa
O ex-presidente também atribuiu a demora na venda do “naming right” à mídia, que se refere ao estádio como Fielzão e Itaquerão. Andrés jurou que a Emirates não está entre as duas empresas que negociam.

Fonte: Diário de São Paulo