Mesmo na reserva, Pato é hostilizado
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Não está fácil para Alexandre Pato. Tite o colocou no banco, após a perda do pênalti que eliminou o Corinthians da Copa do Brasil. Isso, teoricamente, evitaria a fúria da torcida. Apenas teoricamente.
O atacante foi hostilizado na chegada da delegação a Araraquara e xingado ao pisar no campo. Ouviu ofensas ao entrar no lugar de Diego Macedo, aos 31 do segundo tempo. Também ao sair para o vestiário após o empate em 1 a 1 com o Santos.
'A gente precisa ter a humildade de reconhecer que não está bem, trabalhar e melhorar. É com o Pato e com qualquer outro. Estou cuidando para não dizer palavras de dupla interpretação', observou o técnico.
A questão Alexandre Pato virou problema não apenas para a comissão técnica, mas também para a diretoria. Ninguém quer dizer nada que comprometa a situação do jogador, escolhido (não sem motivo) como o vilão da queda diante do Grêmio. Tanto que Tite não admite comentar se lhe deu bronca em Porto Alegre. Mas ele reconhece ter reclamado com Emerson Sheik, expulso por responder à provocação de Vargas.
'Falei para ele e para a equipe toda: iniciamos com 11 jogadores e terminamos com 11. Se for provocado, não tem o direito de reagir', observou.
Funcionou. Até porque o árbitro Leandro Pedro Vuaden não deu cartão para ninguém neste domingo.
Para o Sheik, não há problema em revelar o que foi dito. Com Pato, a história é outra. O mesmo vale para os diretores. Não há como se livrar do atacante. Os R$ 40 milhões acordados com o Milan ainda estão sendo pagos. E o seu futebol não fez nenhuma equipe europeia suspirar por ele. O jeito é esperar a tempestade passar. E rezar para que ele suba de rendimento a partir de 2014.
Sem dizer nada/ Um dos poucos a falar sobre a situação de Pato foi o próprio Pato. Não disse nada, como de costume desde que chegou ao clube. O diálogo com os repórteres, depois do jogo, não foi fácil. 'O que você achou da reação da torcida, Pato?' 'Oi?' 'O que você achou da reação da torcida?' 'Meu objetivo é tentar ajudar o Corinthians a buscar a Taça Libertadores.' 'Mas e a torcida?' 'Meu objetivo é tentar ajudar o Corinthians a buscar a Taça Libertadores.'
Fonte: Diário de São Paulo