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Em entrevista franca, Sanchez fala sobre Arena, Copa, Corinthians e rivais

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Por Meu Timão

Andrés Sanchez soltou o verbo na ESPN

Andrés Sanchez soltou o verbo na ESPN

O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez foi o entrevistado no programa Bola da Vez da ESPN. Em uma entrevista franca, o empresário falou de vários assuntos, e como sempre não fugiu da polêmica. Veja alguns pontos destacados de sua entrevista:

Copa do Mundo em São Paulo

Quando perguntado a respeito do estádio, Andrés, que é o responsável pela obra e projeto da Arena Corinthians, foi categórico: "Eu e o Lula éramos a favor do Morumbi na Copa. O projeto do Corinthians era um estádio modesto, de até 42 mil lugares - a FIFA nos procurou e falou 'o único jeito de São Paulo receber a abertura da Copa do Mundo é no Estádio do Corinthians".

"Se a gente não fizesse a Copa aqui, nosso estádio estaria pronto - estaríamos jogando, estaria metade pago. O que a Copa ajudou a gente foi somente em acelerar as licenças".

A dívida do Corinthians

Outro assunto constante em entrevistas do ex-dirigente são os custos do estádio. Falando sobre a dívida, Andrés foi franco quanto ao planejamento, e garantiu que o clube não tinha planos tão grande, se não fosse a Copa. "Nunca tivemos dinheiro para uma obra desse porte, mas contamos com o apoio de muita gente que agora não está mais lá - e agora sobrou tudo pro Corinthians."

Apesar disso, Sanchez garante que o projeto segue com saúde financeira - e que o custo total está dentro do previsto. A pretensão do Corinthians é manter administração financeira da Arena independente do clube.

Sobre os rivais

Um dos desafetos de Andrés Sanchez é pretendente à dirigente no São Paulo, Carlos Aidar. Recemente, ambos se encontraram por acaso em um restaurante, e trocaram farpas. Perguntado sobre ele, Andrés também não colocou panos quentes: "Zona Leste tem muita coisa, só não tem emprego. O Carlos Aidar é um preconceituoso da década passada. Torço para que ele ganhe, vai ser melhor para gente ter um concorrente com essa cabeça".

Ainda sobre a relação com o São Paulo, comentou a vinda de Jadson - a qual ele era contra. "Contratação boa é a que dá certo. O dia que o Paulinho estreiou, eu queria bater no Mano (o jogo marcou a eliminação do Corinthians por 2x1 contra o Flamengo na Libertadores). No Corinthians, ninguém queria o Éverton Ribeiro...".

Estádio depois da Copa

"Vamos contratar administradores pro estádio - vamos atrás de executivos no mercado, e a gestão do Corinthians irá renovar a administração a cada vez".

"O Corinthians não vai tirar dinheiro da receita para pagar o estádio - o estádio vai se pagar com a receita. Se em 3 anos o Corinthians não pagar as prestações, a administração do estádio da Corinthians será da Odebrecht e da Caixa".

Punições aos clubes e organizadas

Sanchez se diz contra o formato das punições aos clubes devido aos atos dos torcedores, e exemplifica: "Se a regra para punir times fosse aplicada pro Brasil, a gente prendia prefeito, governador e presidente. O tanto de gente que morre no país, e a culpa é deles que deixaram acontecer? Acredito na punição, mas ela tem que ser técnica - não adianta sair multando o clube".

Ainda sobre as organizadas, das quais Andrés é publicamente próximo, ele também usou a franqueza habitual: "No meio da organizada tem gente ruim, como tem a sociedade. Mas eu fiquei 5 anos no comando, não quebraram um vidro. Jogo importante, eu dava 4 ou 5 mil ingressos na sexta-feira, porque na amarela só podia torcida. Eu dava, na segunda me pagava. A caravana vai, pagava metade. E eu sou presidente, eu dou ingresso pra quem eu quiser. No meu clube mando eu - essa é minha geral."

Visão sobre o futebol

Para Andrés, as cotas de TV não ajudam o futebol brasileiro. Ele chega a propor um novo modelo para as cotas dos direitos de imagem: "A renda deveria ser 50% dividida igualmente, 30% pela posição, 20% pelo share". A favor do mata-mata, para ele o Brasileirão deveria ser mais enxuto, com 16 clubes. Para ele, o Bom Senso F.C. falhou ao não se unir ao sindicato e Paulo André trouxe muito da imagem do movimento para o clube. No final da entrevista, Andrés conclui: "a responsabilidade de resolver o problema do futebol no Brasil é da CBF".

Quando perguntado sobre seus ídolos no esporte, foi direto "Enquanto jogador não tenho ídolo, todo mundo joga pelo dinheiro. Fora do campo, meu ídolo é o Neto - não pelo que ele jogou, mas por quem ele foi pelo Corinthians. Neto roubava as bolas, e entregava para os jogadores da base, que não tinham estrutura. Pagava passagem para funcionário que viajava com o clube, dava cesta básica".

E o Corinthians

Sanchez deu sua nota da atual gestão do clube: "8,5 em toda a gestão, 7,5 do ano passado até aqui". Ele garante não se arrepender de ter escolhido Gobbi como sucessor, mas afirmou que se incomoda com a relação do atual presidente com o São Paulo.

Sobre a época que assumiu o time, Andrés fala do processo que levou o clube à série B: "O Corinthians não caiu em 2007. De 2003 para a frente, o Corinthians estava uma desgraça - ganhou em 2005 por essas coisas que acontecem no futebol. O Kia e a MSI foram um detalhe. Paguei 38 milhões no Nilmar, o Kia não teve culpa. Paguei 7 milhões no Passarelli, e aí a culpa é dele."

Ainda sobre sua gestão, comentou o episódio quando garantiu a permanência de Tite no Corinthians: "Eu não tirei o Tite naquela época, primeiro porque era caro. Segundo, porque ele não tinha culpa e por fim, porque a torcida precisava entender que não era esperar 2 jogos e trocar técnico. O Tite não foi mandado embora por n razões, e chegou onde chegou. O Tite tinha que ter ficado 5 anos no Corinthians".

Sobre o naming rights

Andrés cobrou a imprensa a respeito do nome do estádio, e ressaltou a falta de profissionalismo dos jornalistas em relação ao uso de "Itaquerão" ou "Fielzão" para se referirem à Arena Corinthians. O uso dos apelidos pelos grandes veículos é, de fato, o maior dos empecilhos para a negociação do naming rights. Ainda sobre o assunto, Andrés afirma que existem três empresas interessadas, mas que a negociação é difícil: "Não venderemos por menos que 400 milhões. É isso, ou não teremos".

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