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Arena Corinthians pode parar se irregularidade continuar

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Apenas os trabalhos nas arquibancadas temporárias estão parados

Apenas os trabalhos nas arquibancadas temporárias estão parados

Paulo Whitaker/Reuters

POR: Lucas Bettine

Uma obra vai bem até o momento em que algum acidente acontece. A partir daí, surgem defeitos, irregularidades, problemas... Com o estádio corintiano, não foi diferente. Depois da morte de Fabio Hamilton da Cruz, no último sábado, o relatório de irregularidades do Corpo de Bombeiros voltou a ganhar importância e, se não for atendido, a obra poderá parar.

A Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da capital se reunirá na próxima segunda-feira, às 14h, com representantes de Corinthians, Odebrecht e Bombeiros, para tentar solucionar o caso.

'Nós queremos sentar e resolver tudo isso. O MP não sente prazer em paralisar as obras, mas tem de prezar pela segurança das pessoas. A intenção é promover uma conversa entre as partes e resolver tudo isso', disse, ao DIÁRIO, José Carlos Freitas, promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo. 

Entre as 26 mudanças pedidas pelo Corpo de Bombeiros, estão proteção contra incêndios, projeto de evacuação do estádio, coberturas das escadas de emergências e instalação de portas corta-fogo.

Durante a reunião, não vai ser pedido a Corinthians e Odebrecht para resolverem tudo em um dia. Mas, caso as partes não entrem em um consenso e apresentem um plano de resolução, a paralisação se tornará uma opção. Seja na segunda-feira, na semana que vem ou durante a Copa do Mundo.

'Eles podem passar um plano e não cumpri-lo. Caso isso aconteça, o estádio pode, sim, ser fechado durante a Copa', completou Freitas.

Segurança/ Responsável pela montagem das arquibancadas temporárias, a Fast Engenharia enviou um representante para garantir à Superintendência do Ministério do Trabalho que reforçará a segurança. As duas partes conversaram, mas, até a empresa colocar as medidas preventivas em prática, a obra segue parada.

'Avançamos bastante nessa reunião. Acho que resolveremos tudo até a próxima segunda-feira', disse Luiz Antonio de Medeiros, superintendente do Ministério do Trabalho.

Entrevista 

José Carlos Freitas, Promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo

‘A segurança e as vidas estão à frente da Copa’

DIÁRIO_ A paralisação das obras é um perigo real?

JOSÉ CARLOS FREITAS_ Não importa se vai ter Copa do Mundo ou qualquer outro jogo. A prioridade é a segurança das pessoas. A segurança e as vidas estão à frente da Copa. Basta o estádio cumprir tudo o que o Corpo de Bombeiros pede e não será necessária a paralisação.

A palavra final sobre a interdição é dos Bombeiros?

Não é a palavra final. A corporação analisa, faz a vistoria e aponta as irregularidades. Eles têm uma base para isso. Depois de feito o relatório, o Ministério Público analisa se a obra deverá ou não ser interditada.

O estádio é o palco de abertura da Copa e está atrasado. Existe uma pressão para que ele seja entregue pronto de qualquer jeito?

Não sei de pressão. O que sei é que essa e todas as obras devem ser finalizadas com segurança. Não é hora de criar polêmica. Basta cumprir as necessidades de segurança e não haverá problema algum.

Família de operário morto no estádio pede R$ 1 milhão

A perícia ainda não emitiu o laudo completo sobre a morte do operário Fabio Hamilton da Cruz, no último sábado, na Arena Corinthians. Mas a família do rapaz, de 23 anos, já tomou as medidas cabíveis na Justiça.

A mãe de Fabio, Sueli Rosa Dias, e o advogado contratado por ela, Ademar Gomes, pedem uma indenização de R$ 1 milhão, mais uma pensão vitalícia de R$ 425 por mês para Sueli.

A ação será movida contra Odebrecht, Fast Engenharia e WDS Construções.

Durante entrevista coletiva na tarde de ontem, Sueli não poupou críticas às empresas e disse que o filho não tinha condições de exercer o trabalho de montador de piso das arquibancadas provisórias do estádio.

'Ele só tinha feito um curso teórico e tinha me falado que fazia um serviço arriscado e deveria ter mais segurança. Agora, querem colocar a responsabilidade sobre ele, mas eu não vou deixar', falou Sueli.

O advogado ainda mostrou que, na carteira de trabalho, Fabio estava registrado como ajudante. Assim, ele não poderia exercer o trabalho que estava fazendo quando morreu -; o de montador. O processo só deverá ser levado adiante após o laudo da perícia.

Fonte: Diário de São Paulo

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