Após renovar patrocínio master, marketing do Corinthians projeta novas receitas
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Por Mayara Munhoz
O Corinthians oficializou o novo contrato de patrocínio master nessa terça-feira. O acordo, com a antiga parceira, a Caixa Econômica Federal, renderá R$ 30 milhões aos cofres alvinegros.
Apesar de já ser uma parceria conhecida, o acordo entre as empresas não foi firmado com a rapidez que era esperada. Segundo Alexandre Ferreira, gerente de marketing do Corinthians, muitos fatores interferiram na demora para a conclusão das negociações.
"Nós sabemos que o mercado vive um momento muito complicado. A Caixa tinha um prazo de preferência até o final de novembro. Findado esse prazo, começamos a procurar novas parcerias. A indefinição deles demorou mais por causa das eleições, troca de presidente, tudo isso influenciou muito", explicou o gerente em entrevista ao Meu Timão.
Caixa e Corinthians são parceiros desde novembro de 2012 e nenhuma outra proposta recebida pelo Timão chegou nos números que a estatal ofereceu nos últimos anos. "Fomos atrás de outras oportunidades, mas nenhuma proposta que recebemos chegou ao valor que queríamos. Todos os valores foram bem abaixo do que acreditamos que o Corinthians vale", disse.
Além do patrocínio master, que estampa a frente da camisa do clube, o Corinthians também está negociando empresas para as mangas. A Fisk, parceria antiga, esteve presente em patrocínios pontuais, mas ainda não firmou um novo contrato para essa temporada.
"Desde outubro do ano passado, nós estamos conversando com os patrocinadores antigos, como Caixa e Fisk, e também procurando novos. Estamos vendo patrocínios dentro e fora do Brasil e analisando todas as propostas que chegam", declarou o gerente.
Além dos patrocínios tradicionais, o Corinthians encontrou outra maneira de vender a tão valiosa imagem. Em janeiro, o marketing e a comunicação realizaram um teste na área digital. Fecharam um acordo com a empresa alemã Henkel, especializada em cuidados com o lar, cosméticos e tecnologia em adesivos.
"Realizamos um teste piloto com a Henkel e os resultados foram muito bons para todos os envolvidos. Já estamos discutindo um acordo que dure até o final do ano", comemorou Alexandre.
O acordo, válido por um mês, rendeu 17 milhões de visualizações em 101 vídeos publicados no Youtube e Facebook do clube com a marca estampada. "Após esse teste, a ideia é abrir mais cotas na área digital. Sabemos que temos um inventário que é capaz de entregar um número muito grande de visualizações de vídeos. Vamos para o mercado".
Alexandre Ferreira sabe que o mercado digital pode gerar grandes lucros para o clube, mas trata o assunto com cautela inicialmente.
"Não vamos abrir uma expectativa de faturamento por enquanto pois, é algo novo. Não conhecemos esse meio. Eu tenho conversado com muita gente da área publicitária e eles se impressionam. Estamos avaliando quanto o mercado está disposto a investir nessa área. Calculamos uma arrecadação razoável, pelo menos nesse primeiro ano para consolidar o produto", finalizou.