Diretor do Timão descarta Palmeiras como exemplo e 'culpa' Pato por crise
7.0 mil visualizações 84 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
O Corinthians não vive um bom momento fora de campo. Passando por uma forte crise financeira, o clube acaba de perder dois dos seus principais jogadores e pode se desfazer de mais peças no elenco para economizar ainda mais.
Segundo o diretor financeiro do Timão, Emerson Piovezan, três principais motivos explicam a atual situação do clube: o repasse das rendas da Arena ao fundo, as contratações dos últimos anos, principalmente a de Alexandre Pato, e o acerto de pendências com a Receita Federal.
"Tínhamos um passivo relativo ao não pagamento de tributos e negociamos com a Receita, mas tivemos que dar R$ 40 milhões de entrada", explicou Piovezan, em entrevista à Folha de S. Paulo.
Só com Alexandre Pato foram quase R$ 50 milhões por 60% dos direitos econômicos do jogador, que está emprestado ao São Paulo. Por outro lado, o estádio alvinegro já arrecadou, em um pouco mais de um ano, quase R$ 70 milhões em renda total.
Adversário deste domingo, o Palmeiras também viveu situação semelhante nos últimos anos. Se afundou em dívida e sentiu as consequências dentro de campo, sem conseguir ganhar títulos e até com quedas, como a Série B de 2013. Para esta temporada, porém, o rival não economizou e já contratou mais de 20 atletas nos últimos meses. Para Piovezan, esse método do Palmeiras não serve de referência para o Timão.
"O Corinthians tem realidade própria, não tomamos o Palmeiras como 'case'. Temos um time competitivo ainda, conseguimos resultados. Não faz sentido para nós contratar vinte e poucos jogadores", ressaltou Piovezan.
Ainda segundo o diretor, a prioridade da diretoria segue sendo o pagamento dos direitos de imagem atrasados para "cinco ou seis jogadores". A dívida, aliás, pode render a perda de pontos no Campeonato Brasileiro.
"É a nossa prioridade zero acertar esse pagamento, e estou em busca de recursos para isso", afirmou, completando com um prazo pouco animador para uma melhora na crise. "Acho que no começo do ano que vem nossa situação financeira estará mais confortável", finalizou.