Meia diz que pressão da torcida atrapalha mais jovens; Presidente e Tite comentam protestos
5.0 mil visualizações 81 comentários Reportar erro
Por Mayara Munhoz
O Corinthians já está acostumado a sofrer com a pressão dos torcedores quando as coisas não andam bem dentro e fora do gramado. Na noite deste domingo, após a derrota para o Palmeiras, um grupo de torcedores tentou invadir a parte interna da Arena Corinthians e, depois, permaneceu no portão de saída do ônibus do elenco protestando contra o atual momento do time. Na tarde desta segunda, um grupo de 30 torcedores, membros de uma das torcidas organizadas, foi até o Parque São Jorge reivindicar com fogos de artifícios e bandeiras.
As reivindicações, segundo o meia Renato Augusto, podem atrapalhar o atual momento do time. Passando por reformulação, o jogador tem medo de que a pressão interferira na confiança dos atletas, principalmente, dos mais novos, como Marciel, que estava na Arena Corinthians na tarde deste domingo.
"Não tira o tesão (os protestos), mas fica mais difícil. principalmente tendo que reformular equipe, os jogadores mais jovens podem sentir um pouco, pode tirar a confiança dos jogadores, acaba que prejudica o grupo inteiro. É uma coisa chata, mas sabemos que aqui é assim e, para melhorar, só com vitórias. Então, vamos voltar a vencer", declarou o meia.
O presidente Roberto de Andrade concorda que é preciso seguir trabalhando para evitar que novos protestos aconteçam. Depois da partida, ainda na Arena, o mandatário falou sobre os torcedores mais irritados.
"Um enfrentamento nunca é bem-vindo, mas nós entendemos, todo mundo nervoso pela derrota. Vamos trabalhar durante a semana, teremos dois jogos importantes e temos uma chance de se recuperar. Vamos trabalhar, não tem outra coisa a fazer", declarou.
Um dos alvos dos reclamantes é o técnico Tite. Após algumas mudanças na equipe e com os últimos resultados, o treinador já vê seu nome ser gritado pela torcida de maneira negativa. Tite, no entanto, garante que compreende as manifestações, mas que não se deixa abalar.
"Não, não entra por um ouvido e sai pelo outro. Se sente, eu sou humano, por mais experiência que tenho. O carinho e o amor pelo clube bate mais forte, e eu compreendo a manifestação. É uma etapa de construção da equipe, e temos que ter muita calma neste momento. Temos que ter cuidado com a sequência, ver como a equipe se ajusta e se mostra dentro do campo", finalizou.