Empresário quer tirar mais R$ 10 milhões de Corinthians e Ronaldo
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Por Meu Timão
Em ação judicial aberta em março de 2014, reivindicando comissão por ter aproximado o Corinthians da empresa Hypermarcas, em 2009, o empresário Paulo Sérgio Pereira da Cruz Palomino recebeu uma sentença favorável, em primeiro grau, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP). Essa decisão obriga o clube, e o ex-atacante Ronaldo, a pagarem R$ 1 milhão ao empresário.
Enquanto o Corinthians, por sua vez, já apresentou embargos de declaração para tentar recorrer pelo julgamento, Palomino fez o mesmo, exigindo mais cerca de R$ 10 milhões envolvidos no processo, em uma ação que ainda deve durar alguns meses. A informação é dos jornalistas Camila Mattoso e Diego Garcia, do ESPN.com.br.
O contrato de patrocínio entre a Hypermarcas e o Timão durou entre 2009 e 2012. No peito, a empresa estampava a marca do laboratório de genéricos Neoquímica, Bozzano e Avanço foram mantidos nas mangas e o detergente em pó Assim ocupou a omoplata da camisa. A relação com Ronaldo explica-se pela existência de um contrato de patrocínio pessoal com a Bozzano, marca brasileira destinada ao público masculino.
Dessa forma, os advogados do empresário acreditam que ele deva receber um valor referente a esse período, estimado em 10% dos R$ 110 milhões que foram recebidos pelo Corinthians e por Ronaldo com a parceria.
"É devido a importância proporcional ao valor da operação - ou seja, da totalidade do contrato, por todo vínculo entre Hypermarcas, Corinthians e Ronaldo. O certo é que independe do prazo, ao embargante (Paulo Palomino) é devida a comissão da totalidade do contrato formalizado, inclusive renovações que tenham sido formalizadas de forma contínua e subsequente", afirmou o empresário em entrevista ao ESPN.com.br.
Como resposta, Diógenes Melo, advogado do Corinthians, notificou que o clube já recorreu e aguarda julgamento.
"Tem que aguardar a decisão judicial, tem que ser deferido o nosso pedido. O nosso entendimento não foi decidido da forma correta. Ele apresentou embargos também, mas não ocorreram dessa forma que ele diz as coisas. Esse assunto exige uma formalidade que não ocorreu. Uma troca de e-mails querendo contatos não devem render comissão. Vamos aguardar a decisão da Justiça", explicou Diógenes.
Nesta quarta-feira, apesar da apresentação de novos fatos por parte do Corinthians e de Palomino, o juiz Théo Assuar Gragnano manteve a sentença inicial em primeira instância. Porém, como ainda cabe recurso, o empresário vai tentar, mais uma vez, exigir os valores referentes aos três anos seguintes. Dessa maneira, assim como foi feito na primeira audiência de conciliação, o Corinthians e o próprio Ronaldo vão tentar extinguir a ação.