O Corinthians venceu o Chelsea na final do Mundial de Clubes de 2012. Mas, o que muita gente não sabe é como foram os bastidores desse título. O gerente de futebol, Edu Gaspar, revelou uma história curiosa sobre a cor dos coletes do banco de reservas da equipe corinthiana.

Responsável por toda a organização dos jogos e da estadia da equipe brasileira no Japão, Edu era quem frequentava as reuniões que decidiam os detalhes dos jogos. Na última delas, antes da partida final, uma bomba: o Corinthians teria que usar coletes verdes no banco de reservas.

"Nós estávamos conversando em uma reunião, antes de Corinthians e Chelsea, sobre o jogo e os detalhes. E na hora me caí o colete verde. Era uma mesa grande pra caramba, e eu pensei 'meu Deus do céu, colete verde, cara! Como que eu vou fazer o Mundial e o Corinthians de verde?'", contou o gerente, em participação no programa "Bola da Vez", do canal "ESPN Brasil".

Edu Gaspar precisou usar toda a sua inteligência para explicar para os responsáveis pela organização do campeonato porque o clube não poderia usar a cor verde. E apelou, claro, para o adversário, o Chelsea.

"Como eu tinha um ótimo relacionamento com o pessoal do Chelsea, por nos conhecer, eu comecei a fazer uma explanação. Falei que temos um histórico, que na história do clube nunca vestimos verde, que temos um grande rival e nosso colete é verde", explicou Edu.

"Eu tinha que me reportar ao representante da Fifa, não ao Chelsea. Mas, eu falei ao Chelsea. Aí o representante da Fifa falou que só podia mudar, sem o Chelsea mudasse. Daí eu brinquei: 'E se o seu fosse vermelho?', ele disse 'eu ia pedir a mesma coisa, então vocês ficam com o roxo e nós com o verde'", completou. A cor vermelha não é nada bem-vinda no clube inglês, já que três dos seus maiores rivais usam essa cor no uniforme (Manchester United, Arsenal e Liverpoll).

Aliviado, o gerente comemorou a decisão que garantiu que o Corinthians não usasse verde, justamente em uma data tão importante na história do clube. "Eu agradeci, porque ia cair em mim, né? (risos) Não podia deixar passar um negócio como esse", finalizou.