Meia relembra 'não' do Flamengo e vê Fiel como exemplo
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Por Meu Timão
O meia Renato Augusto viu sua carreira decolar em 2015. Preterido por Mano Menezes na temporada passada, o camisa 8 assumiu a vaga de titular com Tite e se tornou protagonista do meio de campo líder do Campeonato Brasileiro. Sem qualquer receio, ele relembra os dois “nãos” que ouviu do Flamengo, clube que o revelou.
“Ele falou assim: ‘Ah gente não vai botar nada em contrato, vai ser palavra de homem. Você vai dar a preferência para o Flamengo quando você voltar’. Quando chegou a proposta do Corinthians, eu falei: ‘Olha, me interessa muito, mas tenho que dar a preferência pro Flamengo’”, conta o meia, em entrevista ao canal Desimpedidos.
“Depois da eleição, a Patrícia (Amorim, ex-presidente) caiu e a nova diretoria falou que queria esperar, que agora não era o momento. Eu falei: ‘Então tá bom’. Na época era razão contra emoção. A razão era vir pro Corinthians, o time mais estruturado do Brasil contra o Flamengo, que eu tinha dado minha palavra, aquela coisa toda. Falei: ‘Não quero nem conversa mais. É o Corinthians! ’”, acrescenta.
Contratado no fim de 2012, Renato Augusto iniciou sem caminho no Parque São Jorge com o “pé direito”. Em apenas um semestre, ele integrou o elenco que conquistou o Campeonato Paulista e a Recopa Sul-Americana, com direito à pintura – de cobertura – sobre Rogério Ceni, goleiro e ídolo do rival São Paulo.
Já em 2014, após a chegada de Mano Menezes no Timão, acabou indo parar no banco de reservas. “Eu queria voltar a jogar. Como ele tinha falado que ou jogava um, ou jogava o outro, ele tinha acabado de trazer o Jadson. Então, na minha cabeça eu pensei: ‘Não vou jogar’”, explica. Eu falei: ‘Olha, estou disposto a vir jogar’. O Flamengo gostou da ideia, mas deu dois dias, o cara ligou e disse: ‘Eles não querem’. Falei: ‘Beleza. “É pra eu ficar’”, disse.
Entre outros assuntos, o corinthiano teve de responder sobre qual a maior torcida do Brasil – e não teve dúvidas. “A do Corinthians é mais presente. Se você pegar um jogo do Paulista, quarta-feira, quatro horas da tarde, vão ter 25 mil pessoas. É uma coisa que me impressiona... A do Corinthians, em comparação a todas, é a que não vaia. A torcida do Corinthians poderia ser exemplo pra outras, a gente toma um gol, eles começam a cantar mais. A gente fala: ‘Pô, não é possível. A gente vai ter que ganhar esse jogo”, completa.