Para não perder Brasileirão, Globo quer antecipar renovação com clubes
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Por Meu Timão
Não há dúvidas de que o futebol brasileiro passa por um momento de questionamentos. E nesse cenário, as velhas estruturas começam a ser ameaçadas pela mudança. É o caso das propostas para formações de novas ligas, como a Liga Sul-Minas-Rio ou a Champions das Américas, desligadas das federações.
E esse movimento preocupa - e muito - um dos principais mecenas do futebol: a Rede Globo. Com contratos de transmissão do Brasileirão vigentes são válidos até 2018, a emissora carioca já pensa em tentar prolongar o vínculo dos direitos de transmissão até 2020, ajustando-se à nova realidade do futebol brasileiro.
Para isso, desde o último mês, reuniões estariam sendo feitas entre as partes envolvidas. No entanto, segundo a ESPN, o tratamento recebido pela emissora não foi exatamente o esperado e a proposta para prorrogação do contrato do Brasileirão - que não inclui luvas rentáveis - desagradou os clubes.
Só em 2015, por exemplo, o Corinthians recebeu cerca de R$ R$ 120 milhões da Rede Globo, referentes às cotas de TV do Campeonato Brasileiro. Em 2016, a previsão é que o montante aumente para R$ 170 milhões. O valor é notoriamente mais alto, se comparado aos outros clubes brasileiros - fato explicado pela atratividade do Corinthians em relação aos demais.
Não se ignora que, no caso do Timão, as luvas ajudariam e muito a situação financeira do clube, que vive momento de acerto de contas. Porém, o clube espera pacientemente o fim da movimentação. Por enquanto, o Corinthians prefere não fechar portas, mas fica longe da liderança das novas ligas.
O superintendente de futebol do Corinthians, Andrés Sanchez, chegou a ser convidado por Alexandre Kalil (representante do Atlético-MG e presidente da nova liga) para assumir a presidência do grupo dissidente, mas o dirigente corinthiano preferiu recusar o convite.
Além do Timão, outros 16 times têm acordo com a Globo por mais três temporadas. Depois disso, o futuro das transmissões é cenário incerto e pode mudar. Sem a CBF, a Rede Record, que há anos tenta disputar com a emissora carioca os eventos esportivos, pode entrar investir de forma mais pesada.