O Corinthians é o clube com o segundo maior número de sócios-torcedores no Brasil. Mesmo com quase 130 mil associados, o Timão ainda arrecada um valor irrisório com seu programa de fidelização. Isso porque a Omni, empresa responsável por gerir a plataforma do Fiel Torcedor, tem direito à metade das receitas. A informação é da repórter Camila Mattoso, do jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com o contrato comercial vigente, 50% do valor pago pelos corinthianos é repassado à Omni, que arca com todos os custos do programa. A porcentagem, porém, é muito acima da taxa de mercado, hoje de 5% a 30%. O rateio com a empresa fez o Corinthians embolsar apenas R$ 18,2 milhões em 2014 – cifra inferior às de Grêmio, Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo.

Na presidência desde fevereiro, Roberto de Andrade já iniciou conversas para pôr fim ao negócio. O cartola, aliás, tem ouvido pedidos de explicações de conselheiros sobre o contrato com a Omni. Em resposta, o dirigente informou que tentaria promover mudanças para que uma parte maior da arrecadação com o Fiel Torcedor ficasse no clube.

A presença da empresa dentro do Corinthians é uma das principais preocupações da torcida alvinegra. Em agosto, a Gaviões da Fiel, maior organizada do Timão, promoveu um protesto contra o Conselho Deliberativo para pedir uma investigação na relação entre Omni e dirigentes. “Porque se arrecada tanto anuidade e mensalidade FT e o percentual é tão pouco para o Corinthians?”, dizia o comunicado.