Corinthians, SPR, Nike e franqueados: entenda o imbróglio nos bastidores do Timão
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Por Mayara Munhoz
Corinthians, Nike e SPR Sports, empresa responsável pela franquia Poderoso Timão, possuem uma parceria duradoura e até há pouco tempo saudável. No entanto, nos últimos meses, uma série de problemas envolvendo as três partes estão gerando polêmicas nos bastidores alvinegros.
Os motivos são vários: problemas financeiros nas lojas, boicote de produtos, briga por quem vai gerenciar a loja da Arena Corinthians e até uma ação para desalojar um dos lojistas. A maior parte dessa confusão acontece na Justiça, em mais de um processo envolvendo as três partes.
A questão, apesar do bom momento do clube do Brasileirão, tem ocupado espaço nas notícias. Por isso, para evitar crises e confusão entre os torcedores - o MEU TIMÃO preparou uma espécie de dossiê - explicando item a item cada uma das questões - com tudo que está acontecendo com Corinthians, Nike e SPR Sports, no momento.
Associação Franqueados Poderoso Timão
O primeiro assunto a tomar conta dos noticiários envolvendo uma das três partes acima, foi a série de reclamações e a criação da Associação Franqueados Poderoso Timão. Um grupo de lojistas se uniu e entrou com processo na Justiça por reclamações de boicotes às lojas e abandono por parte do Corinthians e da SPR.
A briga entre os franqueados e os parceiros, Corinthians e SPR, está sendo investigada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, que abriu um inquérito para verificar todos os contratos.
A parceria entre Corinthians e SPR Sports nasceu em 2008 com a abertura das primeiras lojas Poderoso Timão. Apesar da insatisfação dos lojistas e da diminuição de vendas, o Timão renovou o contrato com a SPR no final do ano passado, com a antiga diretoria. O vínculo tem validade até 2019.
Loja oficial da Nike na Arena Corinthians
O Corinthians vai inaugurar uma grande loja oficial na Arena, em Itaquera, nos próximos dias. Porém, uma divergência entre Nike Timão está atrasando o processo. Segundo informações da Folha de S. Paulo, a Nike passou o processo de administração do novo ponto para a SPR, empresa que administra toda a rede Poderoso Timão.
O Corinthians, no entanto, não quer que essa parceria seja aprovada. O clube está tentando romper o vínculo com SPR, por diversos motivos, principalmente os citados no item acima, e uma nova parceria está descartada.
A Nike, patrocinadora do Timão há anos, diz que já emitiu o contrato com a SPR e não poderia romper o acordo. A empresa americana está cogitando entrar na Justiça, contra o Corinthians, para solucionar a questão.
Preferência pela loja da Arena Corinthians
Enquanto Nike e Corinthians não entram em um acordo sobre a administração da loja da Arena, outro problema acontece. Um dos lojistas, Rodrigo Gonzales, proprietário da franquia da Poderoso Timão dentro do Parque São Jorge, alega que o clube quebrou um contrato de preferência com ele.
Segundo reportagem do GloboEsporte.com, em 2010, o proprietário teria recebido do Timão o direito de preferência para a operação da loja da Arena Corinthians, quando a mesma ficasse pronta. Em 2014, chegou até a receber uma notificação do então presidente Mário Gobbi Filho, para oficializar esse direito.
Mesmo com isso feito, a diretoria do Corinthians repassou a operação para a Nike. Agora, o lojista vai entrar na Justiça para pedir uma compensação financeira pela quebra de contrato por parte do clube.
Poderoso Timão no Parque São Jorge
O mesmo Rodrigo Gonzalez está brigando na Justiça para permanecer com a loja Poderoso Timão do Parque São Jorge. Seu contrato de comodato era válido até setembro deste ano, se encerrou e o clube não quer renovar. A informação também é do GloboEsporte.com.
Rodrigo, no entanto, alega que tinha direito a renovação automática. Ele entrou na Justiça tentando conseguir uma ação renovatória, mas sua primeira tentativa foi negada. O lojista, porém, conseguiu uma liminar que o impede de sair do local até que o processo chegue ao fim.
Ainda no prédio e brigando na Justiça, Rodrigo alega que está sendo boicotado pela Nike. A empresa americana não tem aprovado os novos pedidos de produtos. A SPR informou à reportagem que isso tem acontecido, pois, assim como o contrato de comodato, o contrato de franqueado também chegou ao fim no mesmo período.