China, Pato e contratações inteligentes podem ajudar Corinthians a acertar pendências financeiras
64 mil visualizações 97 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
Após anos de glória, a supremacia econômica do Corinthians veio abaixo com os altos salários pagos para atletas e o financiamento do novo estádio, a Arena em Itaquera. Não é novidade que os cofres do Timão viveram uma situação complicada, pelo menos, nos últimos dois anos, mas para 2016 a diretoria alvinegra está otimista.
Alguns fatores importantes podem levar o Corinthians ao equilíbrio financeiro tão almejado pelos dirigentes. A venda do atacante Alexandre Pato, emprestado para o São Paulo em 2015, é um deles.
O jogador, de 26 anos, tem contrato com a equipe alvinegra até o final de 2016. Porém, o atacante, que não nega o desejo de retornar ao disputado mercado europeu, deve ser oferecido para o futebol da China.
Andrés Sanchez falou em nome da diretoria do clube e deixou claro que não perdeu as esperanças em recuperar o valor investido em Pato. Além dos altos salários, que chegam a R$800 mil por mês, o Corinthians desembolsou aproximadamente R$40 milhões para ter o atacante no elenco.
“Esperamos vendê-lo. Ele tem mercado.É um jogador que está valorizado fora do Brasil, e a China vem batendo nas portas de todo o mundo. Alguma coisa boa virá para ele e para o clube”, disse Andrés.
O sonho da venda milionária pode se tornar realidade, tendo em vista que algo semelhante aconteceu com um dos grandes destaques da equipe campeã brasileira: o meia Jadson.
Após o clube receber a multa rescisória, que rendeu cerca de R$6,3 milhões aos cofres do Timão, Jadson assinou contrato com o Tianjin Quanjian da China, por duas temporadas. Esse foi um outro fator que contribuiu para a diminuição do déficit no orçamento.
Mesmo com o diretor financeiro, Emerson Piovesan, afirmando que o clube não precisa vender jogadores nesta janela de transferências para equilibrar as contas, o orçamento prevê R$45 milhões de arrecadação com negociações para saídas de atletas.
"Lançamos as vendas de jogadores no orçamento por uma questão contábil, mas não contamos com isso. O que esperamos é continuidade de um controle rígido de despesas e custos e também o aumento de receitas", declarou o diretor ao LANCE!.
Por outro lado, com a base da equipe já montada e estruturada pelo técnico Tite, o Corinthians não precisa gastar muito para se reforçar para 2016. Com o dinheiro curto, estimado em R$10 milhões para todas as contratações, a vinda de reforços de peso são pouco esperadas.
No novo cenário, o Corinthians descartou loucuras financeiras para contratar ou segurar estrelas. A inteligência da comissão técnica tem sido o fator fundamental para o Timão, que quer terminar 2016 'zerado' nas dívidas. Os dirigentes apenas buscam nomes pontuais para suprir as saídas do final da temporada, mas sem fazer grandes investimentos na compra de direitos econômicos de jogadores renomados.
Nas contas da diretoria, o Timão vai fechar o ano com um déficit de aproximadamente R$50 milhões. Já para 2016, o cenário apresentado é melhor. Com expectativa de novos patrocínios, além das cotas de televisão, o clube espera terminar o ano com superávit.