Funcionários da Odebrecht alegam que a Arena Corinthians foi uma das poucas obras que deu prejuízo à construtora. Com tal argumento, eles assim questionam a coerência de uma acusação de pagamento de propina por parte da construtora. As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.

"Pode ter sido contribuição de campanha, mas propina, não. Temos problemas, mas não somos burros", disse um executivo da empresa, sem se identificar, ao jornal.

Fato é que, na última terça-feira, um promotor responsável pelas investigações da 26ª fase da Operação Lava Jato acusou a Odebrecht de repasse ilegal de verba nas obras da Arena Corinthians. Horas depois, o vice-presidente do Timão e chefe de gabinete de Andrés Sanchez, André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão, foi levado pela Polícia Federal em condução coercitiva para esclarecer suposto recebimento de R$ 500 mil em propina.

Também na terça-feira, o Corinthians se pronunciou por meio de uma nota em seu site oficial esclarecendo que está à disposição das autoridades para contribuir nas investigações. Na visão do clube, se for comprovado esquema de corrupção durante a construção do estádio, a própria agremiação seria uma das principais prejudicadas e, portanto, interessadas no esclarecimento dos fatos.