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Rosenberg esclarece relação da Arena com Lava Jato, fundo de administração e luta pelo Pacaembu

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Por Meu Timão

Rosenberg esteve à frente do Timão de 2007 a 2012

Rosenberg esteve à frente do Timão de 2007 a 2012

Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

Vice-presidente do Corinthians na época em que o sonho do clube de ter um estádio próprio saiu do papel, Luís Paulo Rosenberg concedeu entrevista esclarecedora sobre diversos tópicos ligados à Arena. Na noite desse domingo, no programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, o economista descartou possível represália ao Timão pelas investigações da Lava Jato que chegaram ao estádio alvinegro no mês passado, falou sobre a utilização legal de dinheiro público nas obras em Itaquera e lembrou a tentativa de privatizar o Pacaembu.

Confira abaixo as declarações de Rosenberg tópico por tópico:

Corinthians sob risco na Lava Jato?

"Vamos entender a contradição que é falar em corrupção no estádio do Corinthians. O estádio é uma relação de um financiamento do BNDES com uma instituição privada. O conceito de corrupção entra na hora de ver se o empréstimo é ou não regular. O empréstimo foi de uma linha que existia para qualquer estádio de copa: 400 milhões, 12 anos para pagar, até três (anos) de carência e juros determinados. O Corinthians obedeceu a essas regras, teve menor tempo de carência e ainda trouxe a garantia da Caixa, então o BNDES não tem risco nenhum, quem perderia seria a Caixa"

Funcionamento do fundo de administração da Arena

"Quando foi criado esse fundo, esse fundo é formado por três elementos: o Corinthians, que entrou com o terreno e as rendas, a Caixa, que no momento é detentora de todas as cotas de valor desse financiamento, e a Odebrecht no meio. Olha como funciona esse jogo: a cada vencimento no financiamento do BNDES, o Corinthians tem o compromisso de comprar uma cota, que vale exatamente o valor dessa prestação. Se tudo caminhar normalmente, o Corinthians vai gerando dinheiro para comprar a cota, compra a cota da Caixa e no fim do processo a Caixa recebeu o total do financiamento, repassou para o BNDES, e o Corinthians ficou com todas as cotas e é o único proprietário do estádio. Então não tem como ter sacanagem. Se o Corinthians não pagar, quem paga é a Odebrecht, é isso que significa a Odebrecht no contrato. Se o Corinthians não pagar, ela vai e paga e depois cobra do Corinthians. Então a hipótese de que tenha tido alguma corrupção não existe. E o Governo tem a garantia de que vai receber a quantia"

Valores excessivos

"Pode ter havido cobrança excessiva, ter custado mais caro do que deveria, ter havido violação dos itens negociados na negociação inicial? Pode. Quem perdeu se isso aconteceu? O Corinthians. Quem ganhou? Odebrecht. Então esse é um assunto para o conselho de administração e diretor do Corinthians se manifestar. E ele fez. Está uma comissão criada"

Entrada de dinheiro público

"O Corinthians ia fazer seu estádio, que custaria R$ 400 milhões, que era o valor do financiamento. Quando o Morumbi foi inviabilizado como estádio de Copa... O Corinthians sempre apoiou para ser o Morumbi o estádio da Copa. O Corinthians trabalhou por essa ideia. Consegui vender a ideia de que o Morumbi seria o melhor lugar pra Copa, já que o São Paulo se disponibilizou a pagar R$ 200 milhões na reforma. Quem é a Fifa para, então, nos obrigar a pagar R$ 1 bilhão no estádio? E aí, se a Fifa, não quisesse, ela que mandasse a Copa no raio que o parta. Mas o Governo do Brasil cedeu, o Governo de São Paulo cedeu, a CBF cedeu, o prefeito cedeu, todo mundo pressionou o Corinthians para transformar seu estádio em um estádio de Copa. Foi aí que surgiram os CIDs, que a Prefeitura arcou com R$ 420 milhões"

Arena 'balofa'

"Se você pega por metro quadrado, o estádio do Corinthians é o mais barato. Por imposição da Fifa, o corretor atrás dos camarotes teve de aumentar de 7 metros para 15 metros. Houve um aumento de área inútil, que não gera renda e foi o que encareceu. O nosso projeto de estádio era otimizado. Depois teve que avançar em cima do terreno onde passava o oleoduto da Petrobras e fazer a remoção. Ele teve um andar subterrâneo só para administração da Fifa. É um estádio 'balofo'. E ainda assim saiu mais barato do que a reforma do Maracanã, por exemplo. A reforma apenas"

Pacaembu, Morumbi e Arena

"Não sei se houve algo. De fato de R$ 820 milhões (de orçamento) passou de R$ 1 bilhão. Não é o preço que foi contratado. Mas para mim a questão que um dia deverá ser investigada é a seguinte. O Corinthians lutou por dois anos para conseguir concessão do Pacaembu, se dispondo a fazer um investimento para modernizá-lo sem agredir o patrimônio histórico e cultura. E isso está aí jogado. Nos obrigaram a construir estádio quando nossa casa estava lá pedindo para um investimento do setor privado. Que interesses levaram o Corinthians a ser forçado a construir um estádio novo ao invés de o Morumbi ser estádio de Copa e nós termos o Pacaembu como casa?"

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