Fiel é censurada em ginásio na LBF, e jogadoras do Timão vão às arquibancadas para tirar faixas
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Por Meu Timão
A partida entre Corinthians/Americana e Maranhão, válida pelo jogo três da série semifinal da Liga de Basquete Feminino, foi interrompida por cerca de cinco minutos no segundo quarto. A confusão foi causada por conta de um protesto de cunho político feito pela torcida do Timão.
Ao exibirem uma faixa criticando o "ladrão de merenda", as organizadas do Corinthians presentes no Centro Cívico, casa do Timão em Americana, foram censuradas. Os árbitros da partida, bem como o narrador do ginásio, entendendo ser proibido esse tipo de manifestação, solicitaram à torcida para que o pano fosse abaixado.
A torcida se recusou a interromper o protesto contra Fernando Capez, deputado tucano acusado de participar de um esquema de superfaturamento de merenda escolares do Estado de São Paulo. Então as jogadoras Gil e Carla, bem como o técnico Vendramini, subiram nas arquibancadas, conversaram com os torcedores e abaixaram a faixa.
"Falta comunicação e um pouco de respeito deles com a gente. Mas é torcida. Eles agem com o coração. Para eles isso deve ter alguma importância. Nós temos que ter tranquilidade para evitar tumulto", declarou Carla, ao término do primeiro tempo.
A confusão também evidenciou uma espécie de racha entre torcedores do Americana e do Corinthians. O clube da cidade fez parceria com o Timão em agosto do ano passado. A torcida local ficou contra as organizadas alvinegras. O narrador do ginásio tomou partido favorável aos americanenses.
"Sei que existem torcedores do Americana, do Corinthians, do Palmeiras, do São Paulo. Mas hoje somos nós jogadoras. Mas temos que ter paciência para não julgar, é torcida, tem que entender, emoção", analisou Carla.