Citadini recebe aval da Justiça para concorrer à presidência do Corinthians um mês após eleição
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Por Lucas Faraldo e Rodrigo Vessoni
A novela envolvendo a impugnação da candidatura de Antônio Roque Citadini à presidência do Corinthians na eleição de 3 de fevereiro chegou ao fim no último dia 9 de março. A Justiça indeferiu a ação movida contra o conselheiro corinthiano e extinguiu assim o processo.
A decisão foi assinada pela juíza Ana Luiza Villa Nova, da 16ª vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Chama atenção o martelo ter sido batido mais de um mês após a realização do pleito, que por sinal também foi parar na Justiça.
Faltando pouco mais de duas semanas para a eleição, Citadini teve a candidatura impugnada pela Comissão Eleitoral do Corinthians. A decisão, sancionada pelo Conselho Deliberativo, havia se baseado no fato de o conselheiro ser membro do Tribunal de Contas do Estado e, portanto, não poder concorrer a cargos administrativos no clube.
"(...) Sendo o Sport Club Corinthians Paulista beneficiário de convênios firmados com o Governo do Estado de São Paulo, bem como, com a União, além de devedor de financiamentos obtidos junto ao BNDES e Caixa Econômica Federal, se eleito for, (Citadini) se aproveitará do cargo para melhor vindicar os interesses de seu clube, utilizando-se das prerrogativas para se beneficiar, em total desprestígio à moralidade", alegava a ação.
A juíza Ana Luiza Villa Nova, então, extinguiu o processo alegando que "o que se espera é que o réu, na hipótese de ser eleito, providencie a devida comunicação ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, a fim de que seja formalizado o seu afastamento ou mesmo sua renúncia."
Vale lembrar que, mesmo com o processo correndo na Justiça, Citadini conseguiu liminar para concorrer à presidência. O conselheiro, no entanto, foi apenas o terceiro mais votado, atrás do vencedor Andrés Sanchez e do segundo colocado Paulo Garcia. Ainda disputaram a cadeira de presidente Felipe Ezabella e Romeu Tuma Júnior.