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'Até chegar ao Corinthians ainda leva muitos anos', diz Andrés sobre cobrança da Caixa

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Por Lucas Faraldo e Rodrigo Vessoni, no CT Joaquim Grava

Andrés Sanchez falou com a imprensa nesta sexta-feira

Danilo Fernandes/ Meu Timão

O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, concedeu entrevista coletiva no início de tarde desta sexta-feira, no CT Joaquim Grava, para falar sobre a notificação extrajudicial que o clube recebeu da Caixa Econômica Federal exigindo o pagamento de cerca de R$ 500 milhões da dívida feita pela construção da Arena, em Itaquera.

Antes mesmo de ser questionado pelos jornalistas, Andrés adotou discurso de despreocupação na medida em que, primeiro, entende haver respaldo de que o clube não fez nada de irregular nos últimos anos de tratativas com o banco e, segundo, a cobrança atinge inicialmente o fundo que administra o estádio - e não o clube e suas garantias.

"Uma resposta ao nosso torcedor. O Corinthians nunca negou a dívida, nunca deixou de pagar. Tinha acordo com a Caixa, quatro meses pagava menos (R$ 2,5 milhões), oito mais (R$ 5,7 milhões). Estamos cumprindo. Se for esse acordo, devemos dois meses. Se for o outro, é desde abril. E conversando todo mês. Essa dívida de R$ 500 milhões, vamos pagar. Temos que chamar a Caixa para dizer se vamos responder judicialmente. A notificação não atingiu o Corinthians ou as garantias do Corinthians. Até chegar ao Corinthians ainda leva muitos anos. Em princípio só atinge o fundo", afirmou o mandatário alvinegro.

Em dezembro, o Meu Timão havia publicado informações sobre o acordo que estava sendo fechado entre o Corinthians e antiga gestão da Caixa para a redução de, na época, R$ 5,9 milhões para R$ 2 milhões, em algumas das parcelas do financiamento junto ao banco estatal. No entendimento de Andrés Sanchez, a mudança de gerência do banco teria gerado essa situação de cobrança supostamente atravessando um acordo pré-estabelecido.

"É que nem você comprar um carro para pagar em 60 meses e durante muda o dono da financeira e ele pede para pagar à vista. É o que aconteceu", falou Andrés. "Não quero acreditar em perseguição política, são pessoas sérias, é uma Caixa. Corinthians nunca negou dívida, nunca deixou de conversar, pagamos quase R$ 180 milhões. Janeiro não tem jogo, a Caixa liberou a Arena para a Copa América, ficamos sem receitas, é estranho", completou, sinalizando não entender e ter se surpreendido com o posicionamento do banco.

Em relação ao valor que o Corinthians deve à Caixa (além dos tais "quase R$ 180 milhões" já pagos) pelo empréstimo tomado junto ao BNDES, Andrés admitiu haver divergência no entendimento das partes: "Nunca deixamos de assumir e pagar. Na nossa conta devemos R$ 470 milhões. Na conta da Caixa, R$ 520 milhões. E só devemos isso", afirmou, em referência ao acordo recém-firmado com a Odebrecht.

Questionado sobre o pior cenário possível para o Corinthians nesta queda de braço, Andrés voltou a tentar tranquilizar os torcedores: "É não pagar a conta, mas nós vamos pagar. Não vamos perder estádio, não deixamos de pagar, não vão tomar nada", disse.

Ao ser questionado, porém, se o Corinthians seguirá pagando as parcelas do financiamento em meio à cobrança da Caixa, o presidente titubeou: "Isso o jurídico vai ver, vamos ver semana que vem e chamar a Caixa para ela cumprir as responsabilidades dela, tem muita coisa que ela deixou de cumprir."

Na nota oficial publicada pelo Corinthians na última quinta, o clube peitou a Caixa afirmando que entraria na Justiça se necessário para provar seu direito de manter o pagamento parcelado como fora acordado anteriormente. Andrés ainda acrescentou diferenças no tratamento do banco estatal com a Arena Corinthians e outros estádio da Copa de 2014.

"Não sei se pegam mais pesado com o Corinthians. Dos 14 estádios que pegaram empréstimo do pré-Copa, juros do Corinthians é o mais pesado. Tiveram maior carência, nós tivemos dois anos", declarou o presidente corinthiano.

Veja mais em: Andrés Sanchez, Diretoria do Corinthians e Arena Corinthians.

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