PM explica uso de bombas para dispersar grupo onde protestavam corinthianos na Paulista
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Por Meu Timão
Torcedores do Corinthians foram até a Avenida Paulista, em São Paulo, para um protesto pró-democracia no início deste domingo. O local também abrigava uma manifestação em defesa do presidente da República, Jair Bolsonaro. A Polícia Militar interviu para evitar confusão generalizada num eventual grande encontro dos grupos divergentes.
O ato começou de forma pacífica, mas o clima de tensão foi crescendo conforme focos de discussão se espalhavam pela avenida entre os grupos de diferentes ideologias políticas. A PM lançou bombas de gás para dispersão dos manifestantes pró-democracia, que atiraram pedras e objetos.
Em entrevista concedida à CNN, o coronel Álvaro Batista Camilo, secretário-executivo da PM, foi convidado a explicar a origem do conflito e o porquê de a polícia ter dispersado só um dos dois protestos que geravam clima de tensão. O porta-voz da ação policial esclareceu que a confusão começou após saudações nazistas, mas não deu mais detalhes.
"O conflito começou com grupo neonazistas, que carregavam bandeiras contra a democracia. Foi aÍ que começou o conflito, por causa disso. Não podemos ter na avenida grupos prós e contra agindo no mesmo local", resumiu.
"Onde houver violência a polícia fará intervenção. Onde as pessoas se manifestarem pacificamente, dentro da ordem, a polícia vai garantir isso, como estava acontecendo. Não existe atitude diferente da polícia. Se o grupo da direita resolver quebrar, a polícia fará intervenção da mesma forma. Essa é a orientação do secretário de segurança e do Governo do Estado. Isso é para garantir o direito de todos. Na realidade estamos protegendo o maior direito que nós temos ligados a democracia, que é o direito a liberdade de expressão. Quebrou a ordem, nós faremos a intervenção. Isso que aconteceu lamentavelmente na Avenida Paulista", completou.
Em contato com a reportagem da CNN, um dos responsáveis pelo protesto corinthiano culpou manifestantes carregando bandeiras interpretadas como símbolos neonazistas pelo início dos conflitos.
Cabe destacar que além de torcedores do Corinthians o movimento deste domingo também contou com torcidas organizadas de outros clubes paulistas. Jornalistas e políticos presentes no ato estimaram mais de 500 corinthianos na Paulista.