Lucas Piccinato analisa ida do Corinthians à final da Supercopa Feminina e critica horário do jogo
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Por Matheus Fiuza e Maria Beatriz de Teves
Nesta quinta-feira, o Corinthians bateu a Ferroviária por 2 a 0, na Neo Química Arena, e avançou à decisão da Supercopa Feminina. Após a partida, Lucas Piccinato analisou o embate e comemorou a classificação das Brabas.
"Foi um jogo bem duro, muito físico, num momento de pré-temporada que não permite um jogo tão físico. Os dois times no segundo tempo caíram muito na parte física, o que deixou um jogo mais aberto, em alguns momentos perdemos um pouco o controle, algo que temos que melhorar, de controlar o jogo, principalmente a gente jogando como mandante, na nossa casa. Conseguimos ser bem efetivos, criamos boas oportunidades, até virar com um placar mais elástico, mas do outro lado tem uma equipe muito boa, uma goleira muito boa", comentou o treinador na coletiva de imprensa.
Em meio a um jogo faltoso, o Timão construiu a vantagem logo no primeiro tempo. Mariza e Gabi Zanotti anotaram os gols alvinegros, que deram tranquilidade para o Corinthians na volta do intervalo. Piccinato gostou não somente da atuação, mas pelo resultado garantir a final da competição da Itaquera.
"A vantagem de 2 a 0 foi importante para voltarmos pro segundo tempo, mesmo não vivendo um grande momento, como não vivemos no segundo tempo. Um resultado importante que traz a final para cá de novo. O primeiro objetivo era classificar para a final e o segundo poder definir como mandante, porque sabemos a festa que a torcida corinthiana fará dentro do estádio", disse.
Além da partida técnica, o técnico das Brabas falou sobre o horário da partida, que começou às 16h15. Lucas Piccinato se mostrou a favor da transmissão em TV aberta, desde que não afete o espetáculo, algo que, na visão do treinador, ocorreu nas quartas e nas semifinais. Pouco mais de nove mil pessoas estiveram na Neo Química Arena.
"Se o jogo tivesse sido às 19h, 20h, teríamos um público maior para prestigiar a modalidade. Entendo o lado da CBF e da transmissão em colocar na TV aberta, para o futebol feminino é muito positivo, mas não pode atrapalhar o espetáculo. As coisas têm que andar em uma forma conjunta, não pode abrir mão de uma coisa simplesmente para passar em TV aberta. No próprio jogo do Beira-Rio, jogo às 10h30, num sol inacreditável. Não tem problema, desde que seja inverno, outono talvez. Em pleno verão, não faz o menor sentido. Não concordo com isso (sobre o argumento de ter que passar em TV aberta para a modalidade crescer)", disse Piccinato.
Na decisão, o clube do Parque São Jorge terá pela frente o Cruzeiro, em jogo marcado para o próximo domingo, mas sem horário confirmado pela CBF. Piccinato, que tentará levar as Brabas ao tricampeonato da Supercopa, espera que todos os envolvidos consigam se ajustar para ter o melhor espetáculo na final.
"Temos outros fatores que comportam isso, hoje temos acesso a muitos canais de televisão e passando num canal fechado, vai ter visibilidade da mesma maneira. Óbvio, é importante passar na TV aberta, mas não podemos abrir de ter 20 mil pessoas, hoje com um público bem mais abaixo do que poderia do potencial do jogo. Espero que a gente consiga, CBF, transmissão e clubes, para nos encaixarmos nos melhores horários, na grade, para não perder o espetáculo e passar na TV aberta", finalizou o treinador alvinegro.