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Corinthians apresenta orçamento revisado para 2024 e prevê aumento no faturamento e no superávit

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Por Beatriz Maineti e Rodrigo Vessoni

Augusto Melo antes da bola rolar para Corinthians e Novorizontino

Danilo Fernandes/Meu Timão

A diretoria do Corinthians apresentou aos órgãos de controle do clube o orçamento revisado para 2024 na última semana. O documento original, elaborado pela gestão anterior, passou por mudanças de receitas e despesas, e o planejamento financeiro agora prevê aumento considerável no faturamento, que pode chegar a R$ 935 milhões, e no superávit, em R$ 17,6 milhões. O Meu Timão teve acesso ao novo documento.

É importante ressaltar, porém, que o novo orçamento apresentado pela diretoria de Augusto Melo ainda não foi aprovado. A versão anterior, de Duilio Monteiro Alves e sua cúpula, já havia sido aprovada pelos órgãos fiscalizadores internos do clube, e o planejamento revisado precisará ser submetido ao mesmo processo. Ou seja, precisará da aprovação de entidades como conselho fiscal, conselho deliberativo e conselho de orientação do clube.

A revisão no orçamento do Corinthians para 2024 se fez necessária por premissas internas, como o aumento na arrecadação de patrocínios, e também pela multiplicação de despesas em diversas áreas da instituição.

Este novo documento, porém, não prevê alterações nas metas futebolísticas estabelecidas previamente, que seguem alcances modestos. Para a Conmebol Sul-Americana e para Copa do Brasil, por exemplo, o clube espera chegar às oitavas de final de ambas as competições. Além disso, mira atingir a sétima colocação no Campeonato Brasileiro.

Aumento no faturamento

O orçamento revisado do Corinthians para 2024 prevê um aumento relevante no que diz respeito ao faturamento do clube para o ano. Sem alterar as metas de campo para o time comandado por António Oliveira, a nova diretoria segue tendo como a maior fonte de renda a venda dos direitos de transmissão de jogos do Timão, o que também acontecia em anos anteriores.

No orçamento apresentado em dezembro pela gestão anterior, a captação de cifras pelos direitos de transmissão de partidas do Corinthians era prevista em R$ 294,6 milhões. Agora, porém, a nova diretoria pretende aumento de 6% neste montante, chegando a R$ 313 milhões.

Este acréscimo no valor, conforme apresentado no orçamento revisado, se dá pela valorização no contrato firmado com a Brax, que chegou a R$ 38 milhões em 2024, e pela valorização da parte fixa do Campeonato Paulista, além do aumento na premiação do Campeonato Brasileiro deste ano.

Os valores previstos para os patrocínios do clube também sofreram aumento considerável, principalmente por conta da chegada da Vai de Bet, que se tornou, em 2024, a patrocinadora máster do Timão. Até 2023, a Hypera Pharma, que ocupava a propriedade central de maior destaque da camisa corinthiana, pagava R$ 22 milhões ao ano para o clube. A empresa de apostas, angariada por Augusto Melo para ocupar o espaço, porém, prometeu o pagamento de R$ 130 milhões ao Corinthians ainda nesta temporada.

No novo documento apresentado aos conselhos, a nova gestão afirma já ter garantido, nos primeiros meses deste ano, mais de R$ 89 milhões em patrocínio, e projeta ainda outros R$ 54,9 milhões em outras negociações que devem se concretizar ao longo da temporada para propriedades em aberto e também para novos projetos estratégicos. Assim, a previsão de arrecadação com patrocínios vai de R$ 173,9 milhões, conforme colocado anteriormente, para R$ 263,2 - aumento de 51%.

A valorização no passe de atletas corinthianos também contribui para o aumento na previsão de faturamento geral do clube em 2024. A expectativa de receitas com negociações de jogadores vinculados ao Corinthians é de R$ 133,3 milhões de reais - 21% a mais do que os R$ 110 milhões, apresentados pela gestão anterior.

Deste montante, porém, a cúpula de Augusto Melo afirma, no documento oficial apresentado aos órgãos de controle, que já embolsou R$ 85,3 milhões com as negociações de Gabriel Moscardo com o Paris Saint-Germain (PSG), da França, do goleiro Ivan com o Internacional, e também pelo empréstimo do volante Roni ao Atlético-GO. Para atingir a meta proposta, porém, o Timão ainda precisa faturar R$ 47,9 milhões em vendas.

Um destaque importante é que o Corinthians buscou, junto ao banco internacional, antecipar o recebimento dos valores negociados com PSG, Nottingham Forest e Cercle Bruge por, respectivamente, Gabriel Moscardo, Murillo e Felipe Augusto. Com isso, o Corinthians conseguiu quitar parte dos direitos de imagem que estavam atrasados com o elenco atual do clube.

Aumento nas despesas

O aumento, porém, não é apenas naquilo que o clube tem a receber, mas também naquilo que o clube tem a pagar. As despesas operacionais do Corinthians sofreram um salto de 14% no orçamento revisado em relação ao apresentado por Duilio Monteiro Alves, e devem chegar a R$ 645,9 milhões.

A maior parte deste aumento, porém, está relacionada à rescisão contratual com a Pixbet, casa de apostas que, até 2023, ocupava um espaço de patrocínio no uniforme do Corinthians. Para poder fechar o acordo com a Vai de Bet, a diretoria optou por encerrar a parceria com a primeira empresa e terá que pagar R$ 44,1 milhões.

Outra questão que desequilibra a balança ao comparar o orçamento apresentado em dezembro com aquele revisado é o valor gasto para a troca de comissões técnicas. Entre trocas de Mano Menezes por António Oliveira, o Corinthians teve que desembolsar R$ 13,4 milhões pela saída do treinador português do Cuiabá.

No que diz respeito à Neo Química Arena, o Corinthians pretende amortizar - ou seja, diminuir o valor total devido através de pagamentos - R$ 91,1 milhões da dívida pendente com a Caixa Econômica Federal. O valor total, já considerando juros do financiamento, está estimado em R$ 686 milhões, com R$ 173,4 milhões previstos para pagamento em 2024.

Em fevereiro, Augusto Melo e sua cúpula viajaram a Brasília para buscar novas negociações com a Caixa Econômica Federal afim de quitar a dívida do clube com o banco nacional. O caso, porém, segue em avaliação.

Outro ponto que chama a atenção é a folha salarial do clube. Apesar da contratação de 11 novos jogadores, além do valor pago pela renovação de empréstimo do volante Maycon, os gastos mensais com jogadores não sofreram grandes alterações. O aumento no novo orçamento é de apenas R$ 100 mil por mês em relação à previsão inicial.

Atualmente, de acordo com os dados divulgados pela diretoria, o Corinthians gasta R$ 23,5 milhões por mês com os jogadores, valor que abrange salários, direitos de imagens, luvas e encargos de jogadores e demais funcionários.

Como ficam, então, faturamento, superávit e dívida do Corinthians no novo orçamento

Segundo a previsão apresentada no orçamento revisado para 2024, todas as áreas do documento sofreram alterações - tanto em receitas quanto em despesas. Somando as premissas e os valores apresentados no documento oficial, o Corinthians tem como previsão orçamentária de faturamento R$ 935,4 milhões - 15% a mais do que os R$ 816,6 apresentados anteriormente.

Este valor se aproxima da estimativa de faturamento de 2023. O balanço geral das receitas do clube ainda não foi fechado, mas a expectativa apresentada pela diretoria anterior é de que o clube tenha tido receita bruta de R$ 936,7 milhões.

O superávit previsto também teve alteração positiva. Inicialmente, ainda em dezembro, esperava-se que o Corinthians fechasse o ano de 2024 com excedente de R$ 7 milhões. Agora, porém, o novo orçamento prevê um valor de R$ 17,6 milhões - um aumento de 151%.

Há outro fator que também anima a diretoria corinthiana. O resultado operacional chamado de EBITDA, que são os ganhos antes dos juros, taxas, depreciações e amortizações, teve aumento de 19%, passando de R$ 173,4 milhões para R$ 205,8 milhões.

Somando os dados apresentados no orçamento revisado do Corinthians, é possível calcular a dívida total do clube. Somando os débitos do clube aos valores cobrados pelo estádio, o valor é de cerca de R$ 1,6 bilhão, mas é importante frisar que o balanço oficia de 2023 ainda não foi fechado.

Veja mais em: Diretoria do Corinthians, Augusto Melo e Duílio Monteiro Alves.

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