Dupla do Corinthians comenta sobre situação do RS, mas evita se posicionar quanto à paralisação
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Por Rafael Marcon, Matheus Quintino e Vitor Chicarolli
António Oliveira também se solidarizou com as vítimas do RS, mas não deu um poscionamento sobre uma possível paralisação do Campeonato Brasileiro
Danilo Fernandes/Meu Timão
A tragédia do Rio Grande do Sul tomou conta dos noticiários no último dia. Mesmo sendo um assunto de menor âmbito no país, o futebol faz parte da luta para o apoio a todas as vítimas que tiveram suas casas invadidas pela água. Dois nomes do Corinthians falaram sobre a situação neste domingo, após a derrota para o Flamengo. Antônio Oliveira prestou sua solidariedade aos gaúchos e ponderou que acredita que o estado deve se reerguer com "força redobrada".
“Já tinha falado no último jogo à minha solidariedade, portanto, por todas as pessoas que perderam as vidas, aos familiares que hoje sofrem pelas perdas dos seus mais queridos e todos aqueles que perderam seus bens, suas habitações, as suas casas. As nossas orações, as nossas preces, estão com eles. Nossos corações estão com eles, nossos pensamentos estão com eles”, disse o treinador alvinegro em entrevista coletiva, no Maracanã, após a derrota por 2 a 0 para o Flamengo.
“Espero que eles rapidamente se recomponham. Sei que será desafiante essa reconstrução, mas como eu costumo dizer aos meus e para as minhas equipes, os campeões caem, mas levantam-se com força redobrada. Eles certamente vão se levantar com força redobrada. Com a força... eu acho que não é só de um país, é do mundo inteiro que conhece a situação, e que torcem muito por eles. Por isso, um abraço, um abraço muito fraterno para todos aqueles que vivem esta situação nesta altura", mandou o português às vítimas do Rio Grande do Sul.
Quanto à paralisação do campeonato, António preferiu ser mais cauteloso. As enchentes afetaram o povo gaúcho e, consequentemente, os times do estado que disputam o Brasileirão: Internacional, Grêmio e Juventude. Essas equipes reivindicam uma paralisação no campeonato, para deixar de lado o futebol e focar na luta contra a tragédia.
"Olha, eu não vou fazer qualquer comentário sobre essa situação da paralisação. Acho que a CBF e os clubes chegaram a um entendimento, com gente competente, para tomar as melhores decisões”, revelou o treinador na coletiva.
Quem também falou sobre o assunto foi o arqueiro Carlos Miguel. Ao ser questionado sobre uma possível paralisação, o goleiro relembrou os anos em que vestiu a camisa do Internacional, mas também optou por não dar sua opinião.
“Eu morei seis anos no Sul, passei a maior parte da minha base no Internacional, e para mim é triste para caramba. Eu vejo amigos meus que conheço desde pequeno passando pelo que passaram. E as vezes a gente deixa de tirar e olha o que eles estão fazendo, pessoas se abraçando, pessoas que perderam a sua casa e estão lá ajudando outras pessoas. Estão lá no dia a dia sem dormir. Sobre o campeonato, não vai ser eu que irá falar alguma coisa aqui que pode mudar, quem tem que saber o melhor disso é quem organiza, a diretoria. Eu estou aqui só para fazer o meu trabalho que é jogar futebol", disse o atleta, na zona mista do Maracanã.
Segundo o ge.globo, a CBF ainda estuda uma paralisação do campeonato, mas aguarda o posicionamento de todos os clubes quanto a isso. Por enquanto, o Brasileirão seguiu com apenas as rodadas dos times gaúchos em atraso.
Vale lembrar que, até aqui, o Timão apenas enfrentou o Juventude das equipes afetadas na competição. A partida aconteceu no Alfredo Jaconi, dia 17 de abril, e marcou uma derrota do Corinthians por 2 a 0 para o time da casa.
É importante ressaltar a campanha de doação que o estado sulista vem arrecadando para manter o povo afetado e reconstruir as áreas afetadas pela enchente. Neste link é possível contribuir com a campanha realizada pelo Instituto Vakinha, Pretinho Básico e Badin Colono. Ainda é possível encontrar outras instituições arrecadando na internet também.
