Você sabe por que os jogadores usam 'top' no dia a dia? Coordenador do Corinthians explica aparato
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Por Meu Timão
Yuri Alberto também comentou sobre a utilização do colete, também chamado de top
Reprodução / Corinthians TV
O dia a dia dos jogadores é acompanhado de perto por diversos tipos de tecnologia, e no Corinthians não é diferente. Uma delas é o colete, também chamado de top ou "sutiã", que exerce papel fundamental para a comissão técnica.
Em entrevista à Corinthians TV, nesta sexta-feira, Walmir Cruz, coordenador de performance do Timão, destrinchou a importância do aparato para obter as métricas de alta performance. De acordo com o profissional, é com base no equipamento que os GPSs ficam "conectados" aos atletas, facilitando a coleta de dados em cada atividade.
"Utilizamos esse colete aqui, que é o acessório que o atleta usa, pode chamar de top também. Você coloca o dispositivo do GPS aqui dentro, e esse GPS vai marcar todas as métricas que o atleta está fazendo, tanto no treino quanto no jogo. Existe alguns tops que você consegue pegar a frequência cardíaca também. As métricas são distância total, aceleração, desaceleração, mudança de direção. O GPS proporciona online para a pessoa que está controlando esse aparato", comentou Walmir.
Em meio a rotina de jogos do calendário nacional, a comissão técnica tenta ter em mãos o maior número de informações, além da precisão nos dados. Walmir Cruz destacou também a relevância para prevenir lesões, com os controles específicos para cada período do tempo, variando de jogador para jogador.
"Serve para fazermos o controle de carga. Para cada treino, estabelecemos uma distância total. Um exemplo: 4.500m o atleta precisa fazer com uma velocidade de 15 km/h a tantos metros, então conseguimos online, na hora, ver se o atleta está correspondendo o que foi programado para ele. É um controle diário para sabermos se conseguiram chegar à meta estabelecida para eles, semanal, quinzenal, mensalmente. Temos controle total em cima disso para o atleta trabalhar em cima do que foi programado e prevenindo lesões", disse.
O Corinthians, como exibido na última quinta-feira, possui uma rotina minuciosa para entender e avaliar as condições físicas dos jogadores antes, durante e depois dos treinamentos. Leandro Spigolon, fisiologista do clube, detalhou a integração dos trabalhos junto às atividades propostas pela comissão técnica.
"Aqui temos condições de monitorar todas as métricas, tanto de deslocamento quanto de resposta da frequência cardíaca. Para cada parte do treino, nós olhamos para um indicador diferente. Temos três sessões, partes diferentes do treino acontecendo ao mesmo tempo e, para cada uma delas, passamos um feedback diferente para a comissão diante daquilo que o treinador precisa como indicador físico para cada objetivo. Todos estão monitorados, porque têm um plano para o dia, então vamos dando feedback se já atingiram o que precisam desenvolver para o retorno ao grupo", explicou.
A peça utilizada pelos jogadores foi elogiada por Yuri Alberto. O atacante, artilheiro do Corinthians na temporada, com 11 gols, falou sobre as diferentes funções do colete e a ajuda dos números para o trabalho de outros setores no clube.
"Para o pessoal da fisiologia é ainda mais importante coletar dados nossos durante os treinos e jogos. O colete é muito legal, tem alguns que pegam batimento cardíaco, frequência, pega tudo. É um número muito importante para nossa carreira e os fisiologistas que gostam bastante dos números", comentou.
O elenco comandado por António Oliveira segue em preparação para o jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil, na quarta-feira, às 20h, contra o América-RN, na Neo Química Arena. O grupo ganhou uma baixa significativa, já que o goleiro Cássio, segundo jogador que mais vestiu o manto alvinegro, acertou sua rescisão contratual.
