A vitória de virada do Corinthians, no Mineirão, diante do Atlético-MG proporcionou, ao meu ver, dois pontos interessantíssimos para a sequência da temporada 2022. Um deles, é uma grata promessa, enquanto o outro, uma certeza.

Desde que Cássio assumiu a meta do Timão, ainda em 2012, eu não via meu pai se empolgar tanto com um novo nome para o gol do Corinthians. Neste domingo, cerca de dez anos depois, seu Joel, meu "velho" (com todo respeito da palavra), veio até mim e disse: "Muito bom esse aí, viu...", apontando, com um sorriso no rosto, para Carlos Miguel na televisão.

A agilidade de Carlos nas tomadas de decisão foi, sem dúvidas, um dos principais destaques na estreia do jogador - que teve zero culpa no chute cirúrgico e indefensável de Keno ainda no primeiro tempo. Aos 23 anos, também orientou o time como "gente grande", tipo de coisa que apenas os verdadeiros gigantes sabem fazer.

Foram cinco defesas, duas difíceis, ao longo da partida. A porcentagem de bolas defendidas, de acordo com o SofaScore, foi de 83%. Vítor Pereira destacou que Carlos treinava muito bem, mas precisava "testar" a personalidade dentro da situação de jogo. O teste foi de fogo. E Carlos Miguel, aprovado.

Ainda falando de defesa, aqui vale um "bônus" na partida deste domingo. Vimos uma atuação de gala da zaga do Corinthians, formada pelo uruguaio Bruno Méndez e o paraguaio Fabián Balbuena. Uma comunicação e entrosamento fora de série - em apenas uma semana de treino.

A grande certeza no duelo ficou pela presença de Victor Cantillo. O colombiano, há muitos jogos, vem mostrando que pode (e precisa) receber uma sequência no time titular de Vítor Pereira. O camisa 24 entrou em campo no intervalo e foi fundamental para dar fôlego ao meio de campo do Corinthians.

Com Cantillo, o jogo mudou. O Corinthians conseguiu achar melhor os espaços deixados pelo time do Atlético-MG, as jogadas fluíram com mais precisão. Cantillo é inteligente, joga de cabeça erguida e sabe distribuir as jogadas com bons lançamentos.

Veja mais em: Victor Cantillo, Carlos Miguel, Balbuena e Bruno Méndez.

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