Ralf é um dos grandes personagens dos quase 110 anos do Corinthians
Opinião de Julia Raya
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A última sexta-feira marcou o anúncio oficial do volante Ralf no Avaí, contratado para a disputa da Série B do Brasileiro. Curiosamente exatamente quatro meses após ter sua rescisão com o Corinthians confirmada. Como parte de uma geração mais nova da torcida do Corinthians, esse momento foi bastante marcante para mim.
Dono de incríveis 437 jogos pelo Corinthians (226 vitórias, 122 empates e 89 derrotas), o volante tem números individuais ainda mais expressivos pelo clube. Apesar da posição, o atleta marcou dez gols e, mesmo sendo um volante de desarme, não foi expulso uma única vez pelo Timão!
Em oito anos de Corinthians, divididos em duas passagens, 2010-2015 e 2018/2019, o jogador conquistou oito títulos: Mundial e Libertadores em 2012, Recopa em 2013, Brasileiro em 2011 e 2015, e Paulista em 2013, 2018 e 2019. É inegável que Ralf fez história no clube (por mais que a dimensão disso seja realmente clara só daqui alguns anos) e marcou uma geração de torcedores. E eu faço parte dessa geração.
Pelas lembranças que tenho de jogos do Corinthians, é muito difícil, para mim, lembrar o meio campo do Corinthians sem o Ralf. Pensando nisso, fui olhar os números de jogos do atleta por ano e em quantos deles a atuação era como titular. E me surpreendi.
Ano | Jogos disputados | Jogos como titular |
---|---|---|
2010 | 53 | 50 |
2011 | 57 | 56 |
2012 | 62 | 62 |
2013 | 67 | 67 |
2014 | 53 | 52 |
2015 | 60 | 46 |
2018 | 33 | 29 |
2019 | 52 | 49 |
Em 2012 e 2013 ele começou todas as partidas que disputou no ano. Ainda naquela primeira passagem, poucos foram os jogos que Ralf não começou como titular, destoando apenas em 2015. Já na segunda passagem, mesmo com vários nomes para a posição, o atleta seguiu se mantendo no 11 inicial na grande maioria das partidas. Ao todo, são 411 jogos como titular, dos 437 disputados.
Não só pela qualidade do atleta, mas muito também pela minha memória afetiva, a saída de Ralf do Corinthians e a chegada do atleta no Avaí são bem marcantes para mim. Apesar de tudo, reconheço que, nesse novo modelo de jogo proposto por Tiago Nunes, a função de Ralf não faça muito sentido.
Agora, nos cabe apenas reconhecer quão grande Ralf foi para o Corinthians e torcer pelo sucesso do jogador.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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