Copa do Brasil pode mudar avaliação da diretoria sobre Cristóvão
Opinião de Marco Bello
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A boa colocação da equipe do Corinthians no Campeonato Brasileiro (apesar da derrota do sábado, o time fechou a rodada na 4ª posição) está servindo de escudo ao técnico Cristóvão Borges.
Na avaliação da diretoria, apesar de erros cometidos pelo treinador, não se pode mexer em um trabalho que pelo menos na classificação do campeonato está mostrando resultados.
Quando da contratação do técnico, havia um temor que o time fosse sentir um baque muito grande com a saída de Tite e a mudança na forma de trabalho.
Até por isso, a diretoria do clube contratou um treinador com uma forma de trabalho baseada muito na conversa e na boa relação com os atletas.
A preocupação inicial se transformou em empolgação após a série de vitórias consecutivas e a chegada da equipe à liderança da competição pouco antes do final do primeiro turno.
De lá para cá o time vem caindo muito de produção e a pressão da torcida sobre o treinador aumentou bastante nos últimos dias.
Enquanto o Corinthians estiver bem colocado no Campeonato Brasileiro, ou melhor dizendo, na zona de classificação à Libertadores da América, esta pressão do torcedor ficará apenas na arquibancada.
O presidente Roberto de Andrade e seus diretores tem consciência do desmanche que aconteceu no time neste ano, e na reestruturação da equipe que deve dar frutos apenas em 2017.
Mas há algo no meio deste caminho que pode mudar tudo: a Copa do Brasil.
Não há exigência de título ao treinador. Como já citado, foi passado a ele que o trabalho está sendo realizado para começar a se pensar em títulos a partir do ano que vem.
Mas como é um torneio eliminatório, o técnico não pode errar demais. O primeiro adversário já é o Fluminense, e o primeiro jogo fora de casa.
Não há a segurança do Brasileiro. A expectativa é que o time vá bem no torneio e chegue pelo menos até as semifinais. Quem sabe não conquista um inesperado título.
Mas se o resultado for muito ruim, e pior, se der vexame no mata-mata, as fracas atuações até aqui serão novamente lembradas.
A cobrança que até hoje é blindada recairá sobre o técnico.
E talvez fique insustentável.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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