Nesses oito jogos finais, você tem duas atitudes a tomar
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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Amigos e amigas fieis:
Contra o Botafogo, dois gols de escanteio (não pode), erros de passe no último terço do campo, os mesmos erros individuais, mas um sinal positivo: o time teve entrega; voltou a competir. No último lance, pênalti escandaloso no Jô. Imaginem se estivéssemos ganhando e o lance, o último do jogo, fosse na nossa área. Acabaria o mundo!
Faltam oito jogos para o final do campeonato e temos duas atitudes a tomar (não há uma terceira).
- Apoiar o time, e acreditar no título com otimismo realista (não significa ser uma “foquinha” que bate palmas para tudo).
- Não entrar na onda derrotista da mídia, inconformada com o fato de que um time sem estrelas seja campeão brasileiro.
Começo pela segunda postura, a de que o time vai perder o título.
Não é segredo que:
- Jornalistas esportivos têm time;
- Jornalistas corinthianos, em sua maioria, se encolhem;
- Jornalistas anti-corinthianos odeiam o Timão. Alguns se seguram o quanto podem, outros destilam sua aversão ao time do povo com os seguintes mantras, repetidos em diferentes períodos deste 2017. Os principais:
(No início do ano)
-O Corinthians é a quarta força do futebol paulista (atrás do “rico” Palmeiras-Crefisa, do lindo futebol do Santos e do SPFC, que será treinado pelo mega das galáxias, o estudado, o atualizado, o moderno Rogério Ceni e seus amiguinhos europeus).
Resultado: O Corinthians esmagou os rivais.
Surgiu então o novo mantra: “Campeonato regional não é parâmetro, é ilusório”.
(Após o bom início do Timão no Brasileiro)
- O Corinthians é líder, mas nessa mesma rodada, ainda no início do torneio, o Inter estava em primeiro e acabou sendo rebaixado. Ainda é muito cedo.
(Depois, com o time ainda em primeiro, a cinco rodadas do final do primeiro turno)
- A sorte do Corinthians é que Palmeiras e Grêmio estão focados na Libertadores. Se o Grêmio não tivesse jogado com os reservas contra x,y e z, seria líder, com folga.
(A partir do final do primeiro turno, com uma campanha fora da curva, com recorde de pontos).
- O campeonato está nivelado por baixo, o pior de todos os tempos.
- O Corinthians já é campeão (falaram isso para jogadores e torcida perderem o foco), mas mais por demérito dos adversários. O líder perde e joga mal, mas os outros não aproveitam.
(Agora, com a aproximação de Palmeiras e Santos).
- O campeonato está aberto. Se o Corinthians perder para a Ponte (hipótese disfarçada de torcida) e o Palmeiras ganhar do Cruzeiro, o time de Carille perderá a liderança no derby, em Itaquera.
Isso tem sido martelado todos os dias nas cabeças dos desavisados que teimam em dar audiência para programas esportivos que, na verdade são humorísticos.
Esses discursos foram inoculados em boa parte da torcida, que entrou em pânico, manifestado em cornetagem e críticas.
O time decaiu? Lógico! Alguns jogadores despencaram de produção? Claro!
Mas é aí que entra a outra atitude a ser tomada. A primeira citada nesse artigo.
Essa postura parte do seguinte princípio: ora, o clube está quebrado, nosso presidente é fraco, diretoria idem, nosso técnico é novato, o elenco é limitado e, mesmo assim, estamos na liderança.
A exemplo da Fiel, que apoia o time do começo ao fim do jogo e, depois do apito final, se for o caso, cobra todo mundo, está na hora de tratar essas oito rodadas como se fosse um jogo.
Apoiar até a definição do campeonato e, depois, criticar e cobrar à vontade.
Quem pensa assim, pensa comigo.
Estamos a oito jogos de ganhar um título histórico. Vencer um campeonato de pontos corridos com elenco inferior aos principais concorrentes.
Será bom demais.
O inconsciente coletivo tem força para o bem e para o mal. Se a Fiel pensar que vai perder o caneco, é capaz de perder, mesmo.
Quando o derrotismo bater à sua porta, exorcize-o com a poderosa frase: Aqui é Corinthians!
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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