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Fábio Carille precisa dar um passo à frente na carreira
Rodrigo Vessoni

Formado pela FIAM, trabalhou na Rádio Transamérica e, por 12 anos, no LANCE!. Neste momento, também é repórter da Rádio 9 de Julho, SP (AM 1600). Participa ainda, quando chamado, de programas na TV.

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Fábio Carille precisa dar um passo à frente na carreira

Coluna do Rodrigo Vessoni

Opinião de Rodrigo Vessoni

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Fábio Carille precisa dar um passo à frente na carreira

Fábio Carille durante treinamento no CT do Corinthians

Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

Fábio Carille sabe montar uma equipe de futebol, isso ninguém duvida.

Fábio Carille sabe armar um sistema defensivo, isso ninguém duvida.

Fábio Carille sabe duelar com os maiores rivais nos clássicos, isso ninguém duvida.

Fábio Carille sabe gerir um grupo de trabalho, isso ninguém duvida.

Fábio Carille já é um treinador vitorioso na história do Corinthians, isso ninguém duvida.

Fábio Carille merece seguir seu trabalho no clube, isso eu não tenho a menor dúvida.

Mas o treinador do Corinthians precisa entender que tem apenas três anos de carreira e não sabe tudo. Longe disso.

É hora de Carille pensar em dar um passo à frente na carreira.

E eu sugiro três situações com mais urgência:

1) A começar pela parte tática. O 4-2-3-1 não é o único esquema de jogo que existe. Boselli e Love não podem ser alternativas apenas para momentos de desespero, como foi diante de CSA e Del Valle em Quito. Não falo de Love pelo lado, como já testado. Falo deles como Bruno Henrique e Gabigol no Flamengo.

Sornoza, meia de origem, também pode ser segundo volante e dar uma saída de qualidade, além de manter a bola parada forte como é.

Por que não testar Pedrinho pelo meio por um ou dois jogos?

Por que não o 4-1-4-1 com Vital e Sornoza pelo meio, com Pedrinho e outro velocistas pelo lado?

O elenco do Corinthians tem suas limitações, mas dá opções para testar alternativas ofensivas.

2) Buscar conhecimento fora. Muitos treinadores estão fazendo estágio com Carille no CT, mas talvez seja a hora de Carille pensar em conversas, reuniões e estágios com treinadores que montem suas equipes de maneira destacada do meio pra frente.

Não estou dizendo que Carille deve ser igual a outro treinador, apenas que pense em buscar conhecimento e mais repertório ofensivo.

Quem não lembra da mudança de EmpaTite-2013 para aquele Tite campeão brasileiro de 2015 no 4-1-4-1? O ano de 2014 foi sabático, foi de aprendizado para quem sempre soube se defender. A evolução ofensiva do atual treinador da Seleção Brasileira foi notória.

3) O terceiro ponto é saber ouvir mais e se expressar melhor nos microfones. A entrevista desastrosa após o Del Valle na Arena (e todas as críticas recebidas) parece já ter ajudado, tanto que em Quito o discurso já foi de "não fomos bem taticamente na ida" e "orgulho do grupo de jogadores". Mas ainda é pouco. Dá pra melhorar. Basta ouvir mais as pessoas, basta entender que nem sempre há uma única verdade.

Em resumo:

Carille tem tudo que um treinador brasileiro precisa e gostaria: ótima estrutura física no Centro de Treinamento, salário top, um mando de campo forte e que ajuda a pressionar os adversários, profissionais bons em sua comissão técnica, um elenco que oferece variações, uma torcida apaixonada e atuante, um clube estável e vencedor na última década e uma diretoria que sempre está disposta a manter o trabalho.

Basta Carille querer dar um passo à frente na carreira. Qualidade o aniversariante do dia tem. Basta querer...

Veja mais em: Fábio Carille.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Rodrigo Vessoni

Formado pela FIAM, trabalhou na Rádio Transamérica e, por 12 anos, no LANCE!. Neste momento, também é repórter da Rádio 9 de Julho, SP (AM 1600). Participa ainda, quando chamado, de programas na TV.

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