Corinthians e os R$ 12 milhões que podem virar R$ 40 milhões, mas que poderiam ser resolvidos com R$ 100 mil
Opinião de Rodrigo Vessoni
19 mil visualizações 50 comentários Comunicar erro
O imbróglio jurídico que se transformou a contrapartida da concessão do terreno da Arena Corinthians pode fazer o valor de R$ 12 milhões virar R$ 40 milhões, como revelou o Meu Timão na última segunda-feira. O pedido de majoração do Ministério Público de SP ainda precisa da apreciação do juiz que analisa o caso.
O acordo é de 2011 e, desde então, segue sem uma solução por parte do Corinthians. Nove anos se passaram e a situação não foi resolvida, dando chance de o valor ser triplicado.
Sabe o que me deixa mais p... da vida? É que isso poderia ser resolvido de maneira tranquila.
Se houvesse planejamento e bom senso de apenas UM DOS TRÊS presidentes nesse período - Andrés Sanchez, Mário Gobbi Filho e Roberto de Andrade -, a dívida seria equacionada com apenas 5,5% da renda dos jogos do Corinthians no estádio.
É isso mesmo! Escrevi no título que poderia ser equacionado por R$ 100 mil. E vou explicar:
Após 200 jogos, a média de bilheteria da Arena Corinthians é de R$ 1,8 milhão. Se um dos três tivesse definido pela retirada de apenas R$ 100 mil da renda total de cada partida (R$ 5,5%), o compromisso com o MP-SP estaria quitado após 120 jogos (R$ 12 milhões).
O 120º jogo do estádio foi no histórico 15 de novembro de 2017 - três anos após a inauguração -, quando o Timão venceu o Fluminense, por 3 a 1, conquistando o heptacampeonato brasileiro.
Ou seja, esse imbróglio judicial/dívida já estaria resolvido há quase três anos. Detalhe: o fim da dívida seria mais um motivo para festa naquela noite mágica.
Esses R$ 100 mil seriam retirados do borderô como outras taxas obrigatórias, como são os 5% da FPF e os 5% de INSS, por exemplo. Essas taxas são cobradas, pagas e o clube nem percebe, já que são fixas, obrigatórias e todos estão cientes da existência. Paga-se e acabou. Aconteceria o mesmo com esses R$ 100 mil...
É ou não é pra ficar p... da vida? Era fácil ou não esse valor ter sido retirado da frente? O que acham?
Em tempo: no período desse imbróglio jurídico, o Corinthians foi presidido por Andrés Sanchez (sete meses de 2011, 2018, 2019 e 2020), Mário Gobbi (2012, 2013 e 2014) e Roberto de Andrade (2015, 2016 e 2017).
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
Avalie esta coluna
Veja mais posts do Rodrigo Vessoni
- Empate no Majestoso foi bom, corinthiano! Pode ter certeza...
- Corinthians libera trio... três vão embora, mas são casos bem diferentes!
- Seis tempos do Corinthians após o período de ócio forçado. E penso que...
- Fim da primeira fase do Paulistão para o Corinthians: o que comemorar e o que se preocupar
- Dez perguntas que faço à diretoria sobre o acordo entre Corinthians e Zenit
- Jogo-treino no CT do Corinthians: um desperdício de engajamento por causa de nada