Dez lições deixadas com a campanha do Corinthians no Paulistão de olho no restante do ano
Opinião de Rodrigo Vessoni
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O torcedor do Corinthians, obviamente, está triste com a derrota na final. Mas também sabe que o time foi além do esperado. Todos sabem disso.
O corinthiano aguardou quatro meses de paralisação, basicamente, para ver a confirmação da eliminação e nem participar do mata-mata.
Até o gol aos 50 minutos do segundo tempo da finalíssima foi inesperado. Todos concordam com isso.
E agora? E o que vem pela frente na temporada? Pensando em responder isso, listo aqui dez lições que a campanha no Paulistão deixou à diretoria, à comissão técnica e aos jogadores do Corinthians:
- Ofensivamente é preciso melhorar o plantel. Ao menos um jogador de beirada do campo precisa chegar, mas um que chegue, vista a camisa e jogue. Contratar por contratar não adiantará nada;
- Tiago Nunes precisa fazer o time jogar mais. Não precisa ser tão aberto e exposto como era antes, com muita criação de jogadas, mas muitos gols tomados. Mas também não dá pra ficar tão fechado e precavido como está agora. Nos dois jogos da final, por exemplo, praticamente três chances foram criadas. É muito pouco;
- Alguns jogadores precisam entender o significado de jogar no Corinthians. Everaldo, Luan...a ficha precisa cair de uma vez por todas;
- Será preciso rodar mais o elenco. A maratona que vem aí será insana, não haverá físico para suportar a quantidade de jogos. Agora será pensar na quarta e no domingo, não apenas no jogo seguinte;
- Jô vem de um longo tempo de inatividade e de um futebol que se jogava uma vez por semana. Colocá-lo numa maratona, ainda mais sem as condições ideais, é correr o risco de perdê-lo por lesão. É preciso dar atenção a isso;
- Luan não tem sombra. Não há um meia-armador que possa ser utilizado na sua função, que possa dar chance a Tiago Nunes deixá-lo no banco se for o caso. Araos, que vem entrando bem, e Vital, que já atuou centralizado, podem colaborar. Mas não serão nunca o ideal;
- A torcida não estará na Arena. E isso é bem preocupante, já que o ambiente do estádio levou o Corinthians a somar dezenas e dezenas de pontos nos últimos anos. Sabe aqueles três pontinhos garantidos que se contabilizava antes do campeonato? Eles correm risco de não acontecer. Isso não pode ser ignorado;
- Será preciso dar chance aos meninos que subiram recentemente. E não apenas pela maratona que vem aí, mas também para ter a chance de encontrar soluções táticas. Há meias e atacantes, como Ruan Oliveira e Gabriel Pereira, que poderão ajudar em alguns jogos;
- Encontrar uma logística melhor, com avião fretado, será necessário em determinadas semanas. Um dia a mais no CT com um clássico na sequência, por exemplo, pode fazer uma grande diferença;
- Apesar da necessidade de contratação de um atacante de lado, mencionada acima, a situação financeira do clube não pode ser esquecida. A hora é de juízo e não de gastos desnecessários ou exorbitantes.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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