Um time sem rosto, sem identidade e sem cara: um técnico urge no Corinthians!
Opinião de Rodrigo Vessoni
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Como o Corinthians joga? A equipe mais propõe o jogo ou é mais reativa? O Corinthians ataca melhor ou defender melhor? Qual jogador está com um nível acima de sua capacidade natural potencializado pelo esquema tático? Há algum jogador que o torcedor se identifique em campo, que o tenha como espelho?
As perguntas acima são difíceis de responder. E isso acontece porque o atual Corinthians não tem rosto, não tem identidade, não tem cara.
Boa parte da torcida pediu um Corinthians que jogasse mais, que fosse menos defensivo. A diretoria trouxe Tiago Nunes (corretamente), contratou Luan e Cantillo, Avelar virou zagueiro para sair jogando, Piton foi titular antes de Carlos Augusto porque era melhor ofensivamente, etc...
Mas e agora? O que fazer? Tiago Nunes não está mais lá, mas o jogadores permaneceram. Boa parte da torcida já quer de volta aquele Corinthians que não dava show, mas vendia caro a derrota pros adversários.
É nesse purgatório tático e organizacional que vive o Corinthians neste exato momento (vídeo abaixo é um exemplo dessa falta de consenso).
A bagunça que o Corinthians está:
— Jow (@jowvojnovic2) October 1, 2020
1. Jô só faz sombra, não marca o goleiro e nem o passe.
2. Cantillo e Ramiro não se entendem.
3. Linha do ataque sobe, Linha do meio sobe, Linha da defesa não, dando MUITO espaço.
4. Superioridade numérica na nossa área.pic.twitter.com/mc1zy4Ds47
O empate sem gols com o Atlético-GO, que fez seu elenco com vários jogadores que eram segunda, terceira e quarta opções em outros clubes, mostrou que urge a chegada de um treinador no Corinthians.
Para ontem.
Alguém que tenha uma história no futebol, que tenha títulos no currículo, que dê minimamente uma identidade à equipe.
A diretoria precisa agir antes que seja tarde demais.
O ambiente na Neo Química Arena não existe. A Fiel não está na arquibancada para empurrar o time e para amedrontar o adversário que, com o silêncio em volta do gramado, joga cada vez mais à vontade em Itaquera.
E os jogadores? Bem, eles estão lá. E são eles que podem tirar o Corinthians dessa situação. Mas é preciso que eles se comportem como jogadores do Corinthians.
Ou seja, sejam acima de tudo competitivos. Jogar bem ou mal, isso é uma outra situação.
Jadson e Danilo aprenderam a ser corinthianos, só pra pegar dois exemplos de jogadores que tinham perfil para ser um Luan, mas entenderam o DNA do clube. E não foram.
Em tempo: Não há cobrança entre eles em campo. Eu estou indo à Neo Química Arena e sou prova viva disso. Os jogadores jogam calados, não se cobram, não se xingam. Apenas Cássio (lá de trás) e um pouco Ramiro, quando entra. E ninguém mais.
Alguém precisa despertar essa chama nos jogadores. Esse alguém será um novo comandante. Urge a chegada de um!
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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