O clube que desafiou a era Parmalat está sendo desafiado mais uma vez
Opinião de Rodrigo Vessoni
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De um lado, o Corinthians com seus pratas da casa (Ronaldo, André Santos, Silvinho, Zé Elias, Viola e Marques), seus veteranos (Vítor, Célio Silva, Henrique, Bernardo, Tupãzinho e Elivélton) e um único jogador que surgia como alguém diferente (Marcelinho Carioca). O treinador? Eduardo Amorim, ex-auxiliar de Mário Sérgio, em seu primeiro ano como treinador.
Do outro, o Palmeiras com uma equipe que parecia a Seleção Brasileira (Antônio Carlos, Cléber, Roberto Carlos, Flávio Conceição, Amaral, Mancuso, Edílson, Válber, Rivaldo, Alex Alves e Muller, etc). O treinador? Carlos Alberto Silva, com passagens por Seleção Brasileira e outras seleções do mundo.
Esse foi o cenário que se apresentou para a finalíssima do Paulistão de 1995. Sem vencer o Estadual desde 1988, o Timão entrou no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, para enfrentar o maior rival que havia vencido as duas últimas edições e tentava o tricampeonato.
O resultado todos sabem: com suor e organização tática, o Corinthians venceu por 2 a 1, conquistou seu 21º título do Paulistão e retomou a hegemonia estadual (Palmeiras permaneceu com seus 20 títulos). Um resultado que entrou para a história do Dérbi, já que marcou a vitória de um clube sem estrelas diante dos milhões de dólares investidos pela multinacional italiana do leite nos anos anteriores.
E o clube que desafiou a era Parmalat está sendo desafiado mais uma vez. Em 2017, com muito suor e muita organização tática, o Corinthians conquistou o Paulistão e o Brasileiro, deixando para trás o Palmeiras e sua Crefisa para trás nas duas competições. Agora, em 2018, o desafio não apenas está mantido como foi aumentado.
Enquanto o Timão perdeu três titulares e trouxe jogadores sem gastar muito, o clube que gastou R$ 120 milhões no ano passado voltou a investir pesado para trazer grandes nomes (Diogo Barbosa, R$ 22 milhões pelos direitos; Gustavo Scarpa, mais de R$ 20 milhões de luvas; Lucas Lima, R$ 12 milhões de luvas)...
O ano está no começo. O desafio mal começou. Mas está aí. O clube que desafiou a era Parmalat está sendo desafiado mais uma vez. A torcida precisará ajudar como ajudou em 1995...
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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