Como o Corinthians lidou com os treinadores que começaram mal o Paulista
Opinião de Tomás Rosolino
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O Corinthians não faz um bom começo de Campeonato Paulista, isso é um fato. Conforme publicamos no Meu Timão, esse é o quinto pior início do clube em 107 edições disputadas do Estadual, algo que chama a atenção independentemente de mudança de estilo de jogo.
Uma corrente, porém, defende que há certa benevolência com o técnico Tiago Nunes, com tempo para apresentar seus resultados apesar da eliminação na Libertadores da América. Resolvi então ver como o Corinthians lidou com esses outros momentos ruins (piores) dos seus treinadores.
A resposta é que não é inédito o fato de o clube acreditar em um trabalho que não vai tão bem. Em 1932, por exemplo, o Timão vinha de um vice-campeonato diante do São Paulo e começou a competição com três vitórias e seis derrotas.
Dentre os tropeços, um 7 a 1 sofrido para o Santos e um 3 a 0 para o Palestra Itália. A Fiel não perdoaria, né? Mas a diretoria segurou o tranco e manteve o trabalho até o ano seguinte, "auxiliada" pela interrupção do torneio devido à Revolução Constitucionalista daquele ano.
Confira os próximos jogos do Corinthians
15 Mar, Dom, 16h00 - Corinthians x Ituano - Paulista
22 Mar, Dom, 16h00 - Corinthians x Palmeiras - Paulista
01 Abr, Qua, 21h30 - Oeste x Corinthians - Paulista
Outro que foi mantido por uma sequência de maus resultados foi Jorge Vieira. Em 1987, ele abriu o Campeonato Paulista com uma vitória, dois empates e seis derrotas, uma delas por 2 a 0 para o Palmeiras. Sua queda só se deu no nono jogo, um 2 a 0 sofrido frente ao Noroeste,
Basílio assumiu como interino e Chico Formiga deu sequência ao trabalho que culminou com a decisão do Paulista, perdida diante do São Paulo. Um sinal de que mesmo um começo ruim pode ser revertido no torneio.
Dois dos piores inícios de torneio, porém, não passaram batido pela insatisfação da torcida. Em 1961, Alfredo Ramos, que vinha de maus resultados no Rio-SP e em amistosos, aguentou apenas três jogos da sequência ruim. Rato comandou como interino por dois jogos até a chegada de Martim Francisco, que fechou a série do elenco conhecido como "faz-me-rir".
A mais recente foi em 2004, quando Juninho Fonseca comandou a equipe em seis jogos, caindo após perder um clássico para o São Paulo por 1 a 0. Oswaldo de Oliveira assumiu no seu lugar, venceu o Juventus por 3 a 2 e perdeu os dois jogos seguintes, se livrando do rebaixamento por causa de uma ajuda do São Paulo na última rodada.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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