Parabéns para você, torcedor corinthiano, que botou a boca no trombone depois da dolorosa derrota por 3 a 0 para o Atlético Mineiro, na quarta-feira.

Você, nobre torcedor, exigiu que Sylvinho sacasse Renato Augusto da função de falso 9. Nas redes sociais e aqui mesmo, no Meu Timão, orientou o técnico novato a devolvê-lo à função de meia-armador, de número 8 tradicional.

No time escalado para o compromisso deste sábado, Jô teve participação tática importante, servindo como esforçado pivô no comando do ataque. Mesmo com a atuação apagada de Gabriel Pereira, sufocado na ponta direita, o time superou o tiki-taka caranguejo e logrou alcançar boa vantagem no placar.

Valem, no entanto, algumas observações. No primeiro gol do visitante, no crepúsculo da primeira etapa, onde se encontrava Gabriel, o volante de ofício? Convém outra indagação: em outras condições físicas, com maior explosão muscular, Cassio teria interceptado a redonda? Dúvida sincera de quem muito admira nosso arqueiro.

O gol de Renato Augusto resulta de falha na marcação do Cuiabá, mas também do talento nato do meia, na posição que privilegia suas naturais competências. Ele mesmo, como pensador de jogadas, serviu Roger Guedes. O mix de energia e habilidade garantiu o terceiro tento mosqueteiro.

Depois disso, arrefeceu-se o ânimo alvinegro, que sofreu um segundo gol, resultado da indefinição do goleiro e do zagueiro Gil.

As substituições, talvez prematuras, pioraram o desempenho corinthiano, que sofreu forte pressão do time de Mato Grosso nos minutos finais.

A vitória e os três pontos apresentam-se como fundamentais neste momento decisivo do certame. Nela, há méritos dos atletas, mas também da torcida corinthiana. Foi certeira nas lições ministradas ao técnico e cumpriu com galhardia seu papel nas arquibancadas itaquerenses.

Agora, é compilar o aprendizado, extinguir a fadiga e atuar com garra diante do Flamengo.

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