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Afinal, por que tanta marcação sobre o nosso Ángel Romero?!
Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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Afinal, por que tanta marcação sobre o nosso Ángel Romero?!

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Opinião de Walter Falceta

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Afinal, por que tanta marcação sobre o nosso Ángel Romero?!

Romero: confiança construída com persistência

Foto: Agência Corinthians

Nós o aplaudimos, com frequência... Mas, fale a verdade: não é de hoje que vemos, aqui e ali, escorrer veneno das letras que tratam do nosso laborioso atacante paraguaio.

Façamos, portanto, uma comparação histórica... Não é de hoje que desfilam com o manto sagrado perebas das mais variadas estirpes.

Vimos cá atletas de conhecida reputação "perebística", como Iran, Perdigão, Bóvio e Cocito.

Outros, passaram aqui para cumprir tabela e embolsar gordo salário, como André Balada, Pato, Adriano e Guilherme Gusmão.

Entre esses, toleramos INÚMEROS jogadores medianos ou medíocres, que passaram incólumes, ou pelo menos à distância do ódio popular.

Podemos citar, correndo risco, atletas como Guilherme Andrade, Dentinho, Fabrício e Bruno Octávio, até contestados em determinadas fases da carreira, mas protegidos pela neblina do desinteresse.

Aí, nos aparece, ainda jovem de tudo, Romero, um dos gêmeos. E inicia-se, dentre os impacientes, um curioso autobullying corinthiano.

Mal joga e já gritam que o Timão contratou o irmão errado. O termo "artilheiro paraguaio" até hoje aparece com frequência nos comentários, em tom, sim, de tola xenofobia.

O mesmo torcedor que o compara a um uísque falsificado, no entanto, recorrendo à definição da nacionalidade, considera Gamarra um dos maiores zagueiros da história do Timão.

Não por acaso, houve comparações semelhantes, em tom depreciativo, à figura do destemido Índio (descendente de fato dos donos de Pindorama), fundamental às conquistas mosqueteiras do período entre-séculos.

Romero não é craque? Provavelmente, não, se a definição de craque estiver associada aos talentos de um Sócrates, Messi, Rivellino, Puskas ou Zidane.

No futebol atual, no entanto, mais físico que técnico, mais tático que apaixonado, Romero apresenta-se acima da média, talvez consideravelmente acima dela. Ou seja, não se trata de um mero "esforçado".

Peça que gira na engrenagem, frequentemente designado como ponteiro, assessor de lateral, Romero tem cumprido as missões que lhe delegam.

Se, aqui e ali, mata um contra-ataque, também é correto dizer que tem sido um dos homens encarregados de desarmar o adversário.

Neste quesito era, até recentemente, o atleta mais efetivo, perdendo apenas para o lateral-direito Fagner.

Romero joga pelos dois lados do campo. E, sim, marca gols. É o artilheiro de Itaquera, sem alarde. Mais próximo da grande área, revela-se ainda mais perigoso para os adversários.

Neste jogo de domingo contra o freguês histórico, pelo primeiro turno do Brasileirão, anotou um gol que os perebas... perdem.

Intuiu o vazio na retaguarda tricolor, empreendeu o movimento, afinou-se no toque que inabilitou o porteiro inimigo e, pronto, abriu o placar.

Quem já assistiu a muito futebol e quem já praticou o esporte bretão, mesmo na várzea, sabe que os dois toques na jogada do pênalti sobre Jô não são obra de um perneta.

Mas ainda sobra resistência quando se trata de Romero. Então, o rapaz, como para sublinhar algum mérito não reconhecido, mata a bola complexa, deita-a ao gramado e inclina-se em parêntese, para exibi-la limpa, sob seu domínio.

Romero é jogador de equipe, parceiro, colaborativo, representante do senso de responsabilidade coletiva que marca o sofrido e guerreiro povo guarani.

É daqueles que fazem história em nosso Corinthians, melhor quando raçudo, gregário, empenhado, comunitário e solidariamente popular.

É daqueles que entram para a história em times como os de 1914, 1977 e 1990.

Romero tem, portanto, o DNA do Corinthians, do campeão dos campeões! Que seja visto e respeitado como um de nós!

Veja mais em: Romero.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Coluna do Walter Falceta

Por Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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    @diogo.figueira em

    Excelente texto, eu concordo plenamente com tudo, fiz alguns tópicos falando coisa parecida e muitas vezes fui xingado, negativado e por ai vai... Romero não é craque mas quem acompanhou a história do Corinthians vê nitidamente que ele representa como poucos o que é ser corintiano, torço muito por esse rapaz que realizou seu sonho de criança que era jogar no Timão, espero que ele escreva seu nome na história sendo campeão pelo Corinthians!

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    @wildson.gomes.pinto em

    Admito que não gostava muito dele no começo, mais de um ano pra cá parei de critica-lo e passei a apoia-lo, pelo simples fato de ele possuir mais entrega ao time do que qualquer outro jogador, e pelo DNA do time e do Torcedor conrinthiano isso e o que mais importa... Ao menos era assim quando me tornei corinthiano.

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    60º. @cyncy em

    Romerito merece ser respeitado! É a mídia que fica envenenando todo mundo contra ele!

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    59º. @roberto.isao em

    Fala-se tanto no Jorge Henrique mas o Romero neste ano já se mostrou muito mais eficiente, mas ainda existem corneteiros que falam mal

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    58º. @rubensrr em

    Gostei muito do comentário. Várias vezes eu já postei aqui que estavam tendo muito má vontade com o Romero. Na história do futebol mundial, tem muita gente famosa que não jogou ou joga nem metade do que joga Ángel Romero.

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    Cleber 621 comentários

    57º. @cleber.z em

    A imprensa esportiva do nosso País tem como pratica a ridicularização do Corinthians, quando não tem notícia negativa do Clube, eles inventam uma!
    Todo mundo fala mal de Eurico Miranda, mas o que falta ao Corinthians é alguém como ele para barrar a entrada de jornalista no Clube, comprar briga com a Globo e proibir jogadores de dar entrevista aos mesmos veículos que acusam o Clube de todos os crimes possíveis!
    Se todo jornalista ou pessoa pública que divulgasse notícias tendenciosas contra o Corinthians fosse devidamente processado para provar em juízo, acabaria essa moda de usar o Clube de escudo para esconder as coisas erradas dos outros!
    Porque até agora nenhum jornalista sequer mencionou qual a verdadeira origem do dinheiro da Crefisa? Pois tenho a absoluta certeza, se essa mesma patrocinadora estivesse no Corinthians, as finanças do Clube já estariam bloqueadas pelo MP!
    Mas isso não vende jornal e não da IBOPE não é mesmo!

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    Ramon 22953 comentários

    56º. @ramon.felipe1 em

    Problema só para quem acompanha e engole o que a imprensa fala.