Homenageado, Malcom vai às lágrimas na TV ao lembrar da infância sofrida
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Por Meu Timão
Aos 18 anos, Malcom é considerado a maior revelação atual do Corinthians e esteve até mesmo numa lista das 40 maiores promessas do futebol mundial, segundo um conceituado jornal inglês. Renovando seu contrato com o clube até 2019, o atacante vive um bom momento na carreira e em sua vida pessoal, mas não esquece do passado.
Nessa segunda-feira, o atacante do Timão foi um dos convidados do programa "Os donos da Bola", da Band, onde pôde relembrar os desafios da infância e o apoio da família durante os momentos mais difíceis. Homenageado com uma reportagem especial com a família do atleta, o garoto não se conteve e foi às lágrimas, ao vivo, enquanto a matéria era exibida na TV.
Entre casos em que até mesmo a avó de Malcom vendeu as panelas de casa para conseguir dinheiro para a criança ir treinar nas categorias de base do Timão, a família contava histórias de superação e do apoio para realizar o sonho do atacante: ser jogador de futebol profissional.
"Ele falou para mim: 'vó, acho que hoje não dá pra mim ir porque eu não tenho dinheiro de condução'. Eu falei 'está bem, espere aí', e não falei nada para ele. Eu peguei as panelas que eu tinha, coloquei tudo numa sacola e fui no ferro velho, lá perto da minha casa. Eu vendi, voltei e falei para ele: está aqui o dinheiro do ônibus e dinheiro para comer alguma coisa", disse a avó do atacante.
Ao final da reportagem, visivelmente emocionado, o jogador o Timão tentou explicar tudo o que passou na infância.
"Eu queria agradecer minha família por tudo, foi a base de tudo mesmo. Minha mãe as vezes não tinha condições, vendia panela", disse o atacante.
Malcom contou que o maior desafio para se profissionalizar era a dificuldade de poder pagar pela condução de ir aos treinos. Muitas vezes sem nenhum dinheiro, o garoto pegava o ônibus e pedia ao cobrador para passar por baixo da roleta.
"Eu pedia até carona no ônibus. As vezes ele deixava, as vezes não. As vezes eu pegava o ônibus e minha mãe ia arrumar dinheiro com alguém, eu pegava o ônibus no metrô e não pagava a condução, não passava (pela roleta), e quando chegava perto de onde eu tinha que descer, minha mãe parava o ônibus e pagava, quando tinha (dinheiro), mas as vezes eu pedia, falava que não tinha dinheiro e passava por baixo", contou Malcom.
Com todas as dificuldades superadas, uma das primeiras coisas que o atleta fez quando se tornou profissional foi dar uma casa aos seus familiares.
"Eu só tenho que agradecer a Deus e a minha família por tudo, ao Corinthians também", completou Malcom.