Com exclusividade ao Meu Timão, deputado corinthiano fala sobre projetos para o futebol
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Por Mayara Munhoz
Além de Andrés Sanchez, o Corinthians tem outro deputado federal que briga em Brasília pelos direitos alvinegros. Conselheiro vitalício do clube, Antônio Goulart (PSD-SP) está tentando fazer grandes modificações no Estatuto do Torcedor.
Apaixonado pelo Timão, Goulart é um frequentador assíduo da Arena Corinthians. "Eu vou em todos os jogos. Só não posso ir nos de quarta-feira, pois estou aqui em Brasília", contou o deputado, em entrevista exclusiva ao MEU TIMÃO.
Com 51 anos, Goulart é responsável por três projetos voltados para o futebol e que interferem diretamente na vida do Timão. O deputado quer uma maior punição nos casos de violências entre torcedores, briga pela volta de fogos de artifícios e bandeirões e também da bebida alcoólica nos estádios de São Paulo.
Além disso, o deputado Antônio Goulart também teve participação na aprovação do Projeto de Lei 288/2011, que autorizou a concessão das CIDs (Certidão de Incentivo ao Desenvolvimento) à Arena Corinthians. Para finalizar, provando mais uma vez seu amor pelo Timão, o deputado foi responsável, ao lado de Andrés, pelo projeto de lei que pedia a criação do Dia do Corinthians.
O deputado Antônio Goulart contou ao MEU TIMÃO o que pensa sobre cada um de seus projetos e como foi participar de fato tão importantes na história alvinegra. Confira:
Retorno de fogos de artifícios e bandeirões nos estádios
"Os shows pirotécnicos são utilizados até hoje por torcedores em todo o mundo e fazem parte da alegria e da beleza do futebol. Nós temos que fazer voltar essa alegria para a arquibancada. Todo esse contexto de que bandeiras trazem violência para as arquibancadas, não concordo. Eu frequento estádios e arquibancadas desde criança e acho que as bandeiras e os fogos ajudariam a trazer essa alegria de volta. Além de um torcedor, nós temos um representante aqui (em Brasília) e eu espero trazer isso de volta para todos"
Violência nos estádio de futebol
"A mudança que estou propondo é penalização ao cidadão e não a instituição. Via de regra, quando acontece um problema em qualquer bairro da cidade que morre ou deixa um torcedor seriamente machucado, o prometo de plantão fala: ‘Ah, vou entrar com uma ação para fechar para extinguir a torcida'. Instituição não se extingue. Se for atrás do canalha que provoca a algazarra, que comete um crime, isso muda. A violência ela acaba punindo o ser violento. A instituição não prepara, a torcida não prepara para briga, para guerra, mas o ser humano sim. No momento em que essas pessoas começarem a serem punidas, elas se afastam do futebol"
Bebidas alcoólicas nos estádios de futebol
"Faz parte da cultura. Futebol, pagode e samba, sanduíche de linguiça e pernil fazem parte da cultura do futebol brasileiro. E é proibido porque? No mundo inteiro sempre teve cerveja e não é sinônimo de violência. O torcedor fica na porta do estádio tomando cerveja e depois sai e vai tomar cerveja novamente. Os clubes poderão ter um ganho financeiro com isso, eles estão caindo pelas tabelas financeiramente, tanto é que nós aprovamos o parcelamento das dívidas dos clubes. Então é uma coisa moderna que tem que voltar a estar presente no estádio"
CIDs da Arena Corinthians
"Eu era vereador de São Paulo (Goulart teve cinco mandatos como vereador da cidade de São Paulo). Como representante da população e como corinthiano gritante, trabalhei muito por isso. Graças a Deus, essa parte da história (a criação da Arena Corinthians) do clube ninguém apaga. Criaram muitos problemas, precisei me reunir várias vezes com o Andrés lá na Câmara, o Kassab, que era prefeito na época, ajudou muito. Mas, deu certo. Então, o meu papel como representante, como conselheiro vitalício do clube e como parlamentar, foi feito. Me sinto honrado"
Dia do Corinthians
"Na verdade, eu vou voltar a apresentar o projeto de lei. O que aconteceu foi que, como o Andrés também seria deputado e eu não queria fazer nada do Corinthians sem a participação dele, eu elaborei o dia do Corinthians e perguntei se ele queria assinar junto. Ele topou e disse que tudo bem. Aí assinou junto. Aí a imprensa, ao invés de vir em cima de mim, para me criticar, foi em cima dele. Na realidade, eu queria receber todas essas críticas, mas eu acabei retirando o projeto momentaneamente para preservar o Andrés. O dia do Corinthians tem que ser comemorado todos os dias. Eu aprovei lei em São Paulo, do dia do torcedor corinthiano, que é o dia de São Jorge, nosso padroeiro. É lei de minha autoria. Dia da independência corinthiana, dia 4 de julho, que nós ganhamos a Libertadores, lei de minha autoria. Fiz tudo isso em São Paulo e vou fazer aqui (Brasília), vou apresentar aqui, para o futebol e em particular para o Corinthians"