Chelsea demarcou território, mas também expôs fraqueza
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O Chelsea não precisou de muito esforço para se garantir na decisão do Mundial de Clubes. Durante o primeiro tempo, foram 17 minutos intensos, até que o gol saísse e o time se acomodasse. Para matar a partida, mais dois tentos logo nos três primeiros minutos da etapa complementar. Um resultado tranquilo, para que os Blues demarcassem território no Mundial e mostrassem que a má fase recente não tira o favoritismo.
A confronto serviu principalmente para que Rafa Benítez testasse algumas alternativas no time. A principal delas foi o deslocamento de David Luiz para a cabeça de área, posição carente no elenco. E, ao menos nessa experiência, o zagueiro se mostrou apto para desempenhar a função. O brasileiro formou dupla com Obi Mikel, evitando que o Monterrey trabalhasse a bola pelo meio, caminho pelo qual construiu a vitória contra o Ulsan. Além disso, foi eficiente também no apoio, sendo o maior passador da partida enquanto esteve em campo. Coberto pelos defensores, pôde se arriscar mais em suas famosas saídas de bola e, além de dois chutes a gol, só não terminou com assistência porque Eden Hazard desperdiçou.
Durante o segundo tempo, com a definição da vitória, Benítez aproveitou para mais alguns testes. Deu ritmo de jogo para Frank Lampard, voltando de contusão. Inventou Paulo Ferreira como meia, em alteração que não demonstrou resultado algum. E, nos minutos finais, trocou Fernando Torres por Victor Moses, única opção para substituir o centroavante, diante dos problemas físicos de Daniel Sturridge.
Ainda assim, os Blues não sanaram uma de suas principais deficiências nos jogos recentes: os espaços dados nos lados do campo. Os laterais ficaram bastante sobrecarregados na marcação e permitiram 19 cruzamentos do Monterrey durante a partida. Se os Rayados pouco aproveitaram a bola aérea para ameaçar, o gol saiu justamente em uma arrancada pelo flanco. Para a final, resta saber se Benítez irá deixar César Azpilicueta na lateral, mais frágil defensivamente, ou reposicionará Branislav Ivanovic, com David Luiz de volta à zaga.
E, se os lados do campo podem ser o caminho para a vitória do Corinthians, os alvinegros precisam redobrar a atenção contra a trinca de meias do Chelsea. É verdade que o 4-1-4-1 armado pelo Monterrey deu liberdade demais para Mata, Oscar e Hazard. Porém, o trio demonstrou a mesma inspiração do bom início de temporada, com transições rápidas e trocas de passes intensas – que poderiam ser mais efetivas, não fosse a falta de continuidade de Fernando Torres na maioria delas. Uma atuação suficiente para garantir o passeio dos Blues na semifinal e mostrar que a queda precoce na Champions ou o jejum na Premier League não garantem um adversário de menor nível aos corintianos.
Fonte: Trivela