Alessandro ressalta poder dos empresários em transferências de jogadores da base
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Por Meu Timão
Depois de perder cinco titulares do time hexacampeão brasileiro, o Corinthians viu mais um atleta deixar a equipe na véspera da estreia do Campeonato Paulista. Malcom, que foi comprado pelo Bordeaux, da França, aumentou a lista de transferências do time do Parque São Jorge e voltou a colocar em pauta uma discussão já conhecida: a venda de jogadores da base de forma precoce.
O ex-jogador Alessandro, que agora é coordenador técnico de futebol do Alvinegro e tem um grande contato com a base do clube, confirmou que em casos como esse os empresários podem ser fundamentais nas transferências.
“Eu confesso que, desse outro lado como coordenador de futebol, fazendo essa integração do departamento armador com o profissional, eu enxergo que o empresário tem muito poder de convencimento”, afirmou Alessandro em entrevista ao Bem, Amigos!, do SporTV, lembrando ainda a transferência de Matheus Cassini, que deixou o Corinthians pouco tempo depois de ser integrado ao time principal em 2015.
“Ele estava seguindo o processo de evolução do Malcom, do Maycon... Ele ficou dois meses com a gente e foi jogar no Palermo, infelizmente ficou um ano sem jogar e está saindo. Eu me lembro do esforço que o clube fez”, completou.
A venda de Malcom foi comemorada por seu empresário, Fernando Garcia. Enquanto isso, Tite se mostrou insatisfeito com a transferência e criticou publicamente o interesse financeiro do agente. Alessandro disse entender a crítica do treinador corinthiano.
“Acho que, nesse caso mais específico Malcom, eu entendi perfeitamente a colocação do Tite. A gente está falando de um jovem que estava iniciando seu terceiro ano profissional, esses dois anteriores estava crescendo, se identificando cada vez mais com o torcedor, com o clube e ele não imaginava perder o atleta desta maneira”, comentou o ex-jogador.
Ainda comentando sobre a declaração de Tite, o coordenador de futebol reforçou que os empresários deveriam estar mais ligados à equipe para evitarem transferências precoces.
“A única coisa que nós deveríamos pontuar, pegando esse gancho que o Tite colocou, acho que o empresário tem que se envolver um pouco mais com o clube. Ele tem um atleta, independente da porcentagem econômica, ele tem que entender se aquele é o momento pro atleta sair. Eles têm quem acreditar no futuro que o clube está propondo, deixar o atleta um pouco mais”, concluiu.