Conmebol melhora condições da Libertadores, mas beneficia Boca Juniors por anistia
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Por Meu Timão
A Conmebol completa 100 anos em 2016 e, de “presente”, reduziu punições disciplinares dos clubes participantes da Libertadores. O maior beneficiado com a decisão da entidade foi o Boca Juniors, que inicialmente havia sido punido em oito jogos sem torcida, mas que agora viu a punição reduzir para apenas duas partidas.
A confederação anunciou nesta terça-feira em seu site oficial que as medidas foram tomadas com o parecer positivo de sua Comissão de Assuntos Legais e com aprovação majoritária dos membros do Comitê Executivo da Conmebol. Junto do "presente", a entidade também divulgou o fim da taxa de 10% as times que disputam a Libertadores e um aumento na premiação, que beneficiará o Corinthians nessa edição.
Desta forma, ficou definido que as suspensões de jogadores e treinadores serão reduzidas pela metade do que havia sido imposto e as punições para torcidas serão reduzidas em dois terços. No entanto, a entidade ressalta que a medida não contempla aqueles que foram julgados por doping, agressões a árbitros e racismo.
O Boca havia sido punido devido ao episódio em que seus torcedores atacaram jogadores do River Plate com spray de pimenta. Inicialmente, a pena era de quatro jogos em casa com portões fechados e a proibição de torcida em mais quatro jogos como visitante. Agora, o time argentino cumprirá a pena de ficar um jogo sem seus torcedores na Bombonera e na primeira partida que jogar fora de casa.
Além do Boca, o Racing , que tinha seu goleiro Saja suspenso, já poderá contar com o jogador na fase preliminar da competição. Já o Rosário Central, que deveria disputar seu primeiro jogo sem torcida, poderá vender ingressos e receber seus torcedores normalmente.
Medida controversa – A anistia, divulgada pela Conmebol como uma “comemoração” ao centenário e uma medida da recém-eleita diretoria, causou controvérsia até entre os próprios diretores.
Indignado com a atitude, Adrián Leiza, vice-presidente do Tribunal de Disciplina da confederação, renunciou ao cargo por não considerar legitima a decisão da entidade.
Para lembrar – Há uma investigação sobre o caso do árbitro Carlos Amarilla, que apitou o confronto entre Corinthians e Boca Juniors, nas oitavas de final da Libertadores de 2013. Na ocasião, o time paulista foi muito prejudicado pela arbitragem, com gols mal anulados e pênaltis não marcados.
Apesar de Amarilla divulgar que não fez parte de nenhum esquema de corrupção, foram divulgadas gravações telefônicas nas quais Julio Grondona, ex-presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA), teria influenciado a escolha do árbritro paraguaio para o confronto entre Corinthians e Boca em uma conversa com Abel Gnecco, representante da Argentina no Comitê de Árbitros da Conmebol.