Osmar Pereira
Quando o ponto de partida for igual para todos podemos encerrar a discussão. Capacidade, conhecimento e competência analisados apenas no ponto de chegada esconde a realidade de uma das sociedades mais desiguais e perversa do mundo. A nossa realidade é distorcida e o que nos afasta e distancía das ditas "sociedades desenvolvidas" não é o mito da "corrupção do Estado", que é um problema real em qualquer lugar. O que nos afasta das "sociedades moralmente superiores" é que exploramos, aceitamos, "naturalizamos" e tornamos "fato normal" do dia a dia conviver com gente sem qualquer chance real de vida digna e os culpamos por isso. Posamos de heróis da meritocracia e esquecemos toda uma herança de capitais que nos possibilitou "ascender". Essa "herança invisível" é fundamental para o sucesso escolar e profissional, aí quando as naturalizamos e "esquecemos", passamos a acreditar no milagre do mérito individual conquistado pelo esforço e não por privilégio de nascimento. É preciso mudar isso.
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Em resposta ao comentário:
Baboseira... Quando vamos ver acabar essa discussão de cor, sexo, classe social e bla bla bla e vamos discutir capacidade, conhecimento, competência?