André ouve orientações do pai e conselho sobre pênaltis no Corinthians
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Por Meu Timão
Provável titular do Corinthians no sábado, contra o Figueirense, André sabe o que terá de fazer ao fim de sua primeira partida após mais de um mês afastado. Recuperado de uma cirurgia para correção de hérnia inguinal, o atacante sabe que não ouvirá críticas apenas dos torcedores alvinegros se não balançar a rede.
“Acaba o jogo, e eu tenho que ligar para ele”, contou ao GloboEsporte.com, referindo-se ao pai, Lenílson Marins. “E, aí, já sabe, né? Ele começa a falar: ‘Pô, não fez gol’. Às vezes, eu ligo, e a primeira coisa que ele fala é: ‘Cagão’. Ele brinca comigo, dá dicas sempre.”
Lenílson também foi atacante, revelado pelo Vasco no fim dos anos 70. Conquistou o Campeonato Goiano em 1992, pelo Goiatuba, passou também por clubes como Goiás e Juventude e, aos 57 anos, ainda bate uma bolinha. As credenciais são suficientes para lhe dar autoridade nas críticas.
“Pior que ele faz gol para caramba. Lá em casa, é só troféu dele, de artilheiro. E ele fala que era melhor do que eu”, divertiu-se André. “Tenho que aguentar, mas é engraçado. Ele é da posição, fala: ‘Faz assim, faz assado’. É bacana essa relação. Não é só um pai, é um amigo e professor. Ele fala que meu a cartilha e brinca: ‘Essa parte tu não leu ainda’.”
O que o ex-jogador já repetiu algumas vezes foi uma orientação ligada ao pior momento do filho no Corinthians. Uma cobrança de pênalti muito ruim contra o Nacional-URU, com uma paradinha de péssima execução, acabou sendo decisiva na eliminação da Copa Libertadores e na avaliação ruim de boa parte da torcida, que não o perdoa.
“A primeira coisa que ele falou foi: ‘Bate outro se tiver’. Futebol é assim mesmo, não tem jeito. O engraçado é que foi a primeira vez em que perdi um pênalti. E foi logo naquele jogo, ficou marcado. Ele falou que não tinha motivo para eu me abater, disse para eu treinar que daqui a pouco iria melhorar. Atacante é assim”, concluiu o centroavante.