Dez torcedores do Corinthians têm prisão decretada no Rio acusados de ameaças pela internet
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Por Meu Timão
Os dez torcedores do Corinthians que estavam detidos no Rio de Janeiro desde a semana passada acusados de ameaçar a juíza Marcela Assad Caram tiveram prisão preventiva decretada nesta quarta-feira. A decisão foi tomada pela juíza Ana Helena Mota Lima Valle.
"Convém ponderar que os fatos praticados, por si só, são gravíssimos quando praticados contra qualquer nacional. Contudo, em se tratando de uma magistrada no exercício das suas funções, representante de um Poder do Estado, se mostra mais que necessária a garantia da Ordem Pública, que, sem dúvida, restou abalada", declarou Ana Helena à imprensa.
Com possibilidade de pena máxima de até quatro anos de prisão, os dez corinthianos foram enquadrados nos artigos 138 (calúnia), 140 (injúria), 141 (inciso II - contra funcionário, em razão de suas funções), 344 (usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral) e 288 (Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes).
As ameaças à juíza Marcela aconteceram por meio de redes sociais e motivadas por dois fatores: além de ter decretado a prisão dos corinthianos que supostamente estavam envolvidos no confronto com a polícia militar no último dia 23, no Maracanã, antes do jogo entre Corinthians e Flamengo, ela é flamenguista. Uma imagem na qual ela aparece com a camisa do Flamengo ao lado do marido e do filho viralizou nas redes sociais.
Vale lembrar que os 30 torcedores do Corinthians presos no Rio de Janeiro após a confusão envolvendo flamenguistas, corinthianos e policiais seguem em Bangu há mais de três semanas - ao menos dois deles presos injustamente. No intervalo de menos de um mês, o episódio do Maracanã rendeu, portanto, 40 prisões a corinthianos e nenhuma a flamenguistas, que foram os responsáveis por iniciar a briga.